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Jovem morre com suspeita de overdose; família acredita em feminicídio

Emelly Nayane, de 26 anos, era moradora de Paulista, Região Metropolitana de Recife, e era uma dentista renomada na cidade

atualizado

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Reprodução/ Redes Sociais
Emelly Nayane
1 de 1 Emelly Nayane - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Uma mulher morreu, na segunda-feira (22/2), no município Paulista, Região Metropolitana de Recife (PE). A família de Emelly Nayane da Silva Ribeiro, de 24 anos, acredita que o ex-marido dela seja o responsável pelo assassinato e denuncia o crime como feminicídio.

Em um primeiro momento, Emelly foi socorrida emergencialmente no Hospital de Nossa Senhora do Ó, com suspeita de overdose. Infelizmente, a vítima não resistiu e morreu durante o atendimento. Após declaração médica, o laudo comunicou que Emelly havia, na verdade, sido morta por “asfixia direta por esganadura”.

No entanto, a mãe da vítima, Josymeri Bento, declarou ao G1 que a família da vítima suspeita que o ex-marido tenha matado a mulher. “Eu quero justiça. Ela queria trabalhar e criar o filho dela, mas ele não aceitava a separação, ele queria voltar de todo jeito, mas como ela não aceitou, ele tirou a vida dela”, disse.

Em nota, a Polícia Civil da região afirmou que a investigação a respeito da morte da jovem está sob responsabilidade da 7ª Delegacia de Polícia de Homicídios Metropolitana Norte. Porém, como a investigação ainda está no início, o delegado Augusto César Cunha explicou que não há como garantir que a morte tenha sido um homicídio.

“Ele é tratado como suspeito em virtude dessas circunstâncias que ainda pairam, essas dúvidas a respeito do inquérito. A partir do momento em que essas circunstâncias forem esclarecidas, esse status dele pode vir a mudar”, ressaltou o delegado.

Além disso, Cunha comentou ainda que foi realizada uma perícia no apartamento do suspeito, a fim de procurar provas de vínculo no caso. “Havia alguns indícios de que houve alguma espécie de luta, de confrontação”, destacou o delegado. Ele informou, também, que os vizinhos do homem serão intimados a depor na delegacia.

Chantagem

Em entrevista, a prima da vítima Elisângela Moliterno disse que Emelly já havia relatado, anteriormente, agressões por parte do suspeito e que, no dia do ocorrido, vizinhos contaram para ela que havia uma briga entre os dois, mas que um som alto teria sido ligado para amenizar o barulho.

Em outro momento, Elisângela declarou que o homem estaria chantageando a vítima, no dia da morte dela, ao dizer que, caso Emelly não fosse à casa dele, ele se mataria. Por isso, segundo ela, a jovem teria avisado a mãe que iria encontrá-lo.

“Ela ligou para a mãe e disse: Lívio está ligando e dizendo que está com uma arma e que vai se matar. Eu vou lá acalmá-lo e em seguida volto para casa’. Quando ela chegou lá novamente foi morta”, acentuou a prima da vítima.

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