Jovem ganha festa de aniversário e arrecada R$ 10 mil para deixar rua
Eduardo se emocionou com comemoração aos seus 19 anos e, ao cortar o bolo, fez apenas um pedido: “Ser um lutador da vida”
atualizado
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A comemoração dos 19 anos do jovem Eduardo, que é morador de rua no Rio de Janeiro, emocionou internautas na última semana. Um grupo de amigos se juntou para comprar salgadinhos, um bolo e cantar parabéns para o aniversariante na Praça da Bandeira, Zona Norte da cidade.
A idealizadora da comemoração foi a promotora de eventos Samy Ferreira. “Eduardo é um garoto em situação de rua que ‘mora’ aqui na praça do lado da minha casa. A gente sempre bate um papo quando se encontra, e, há um mês, ele veio me contar que faria aniversário dia 1º de março. Eu falei: bora fazer uma festa? Ele topou. Meio desacreditado, mas…”, conta.
Ela diz que passou o mês de fevereiro relembrando o jovem da comemoração, mas ele permanecia desconfiado. Na data, no entanto, Eduardo chegou à praça e encontrou refrigerantes, salgadinhos, refrigerantes, balões e um bolo lhe esperando.
“Ele deu as caras todo felizão! Foi um rolê bem simbólico, mas esse menino merece demais se tornar visível aos olhos de todo mundo. Ele é incrível”, afirma Samy.
O registro da festa foi compartilhado nas redes sociais e recebeu 260 mil curtidas no Twitter. O vídeo do momento em que o bolo é partido foi o que mais emocionou interanutas: “Falei para ele tirar o primeiro pedaço do bolo e fazer um pedido. Ele fez em voz alta: ‘Ser um lutador da vida'”, disse Samy.
Veja o momento:
Vaquinha para mudar de vida
Após ver a repercussão do tuíte, Samy conta que percebeu que poderia ajudar ainda mais Eduardo, criando uma vaquinha. “Ele é muito querido por onde passa, e tem o sonho de sair da rua, com um trabalho e uma condição de vida melhor.”
Eduardo viveu em um abrigo de acolhimento de menores desde os 14 anos, quando perdeu seu pai. Porém, no ano passado, completou 18 anos e ficou desabrigado.
A vaquinha, criada há apenas três dias, já arrecadou R$ 10 mil. O dinheiro servirá para pagar um ano de estrutura básica, com casa, comida, lazer e assistência psicológica para o jovem “se sentir capaz de vencer”, como descreve Samy.