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GO: jovem perde fala e movimento após desabamento de rampa em festival

Jovem, de 20 anos, está tetraplégica; família espera que o caso seja revertido. Rampa caiu devido à montagem incorreta

atualizado

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Arquivo pessoal/Lorena Moreira
goias jovem internada desabamento rampa
1 de 1 goias jovem internada desabamento rampa - Foto: Arquivo pessoal/Lorena Moreira

Goiânia – A estudante de biologia Giovanna Moreira Salerno, de 20 anos, que teve traumatismo craniano após o desabamento de uma rampa, durante o festival Rap Mix, na capital goiana, recebeu alta do hospital após quase 60 dias internada. No entanto, a jovem perdeu a fala e quase todos os movimentos.

O caso aconteceu no início do mês de julho. De acordo com o advogado da família da jovem, Hebert Valentim, um laudo médico indica que ela ficou tetraplégica.

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Mais de 60 pessoas ficaram feridas
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Giovanna foi a vítima mais grave

Arquivo pessoal/Lorena Moreira
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Mais de 60 pessoas ficaram feridas

Reprodução/Redes sociais

A jovem chegou a ficar internada sedada e em estado grave, em uma Unidade de Terapia Intensiva.

“O laudo médico indicou que ela ficou tetraplégica. Nós esperamos que seja reversível, mas serão anos de tratamento, fisioterapia e estímulos naturais. Ela também teve dano estético, porque teve que cortar parte da cabeça”, disse ele ao portal G1.

“É um sofrimento que é fomentado diariamente, eu sempre tento colocar o pé deles [da família] no chão, tomara que ela retome os movimentos, mas pode não retomar”, completou.

Alta médica

Conforme o advogado, a família precisou desembolsar cerca de R$ 17 mil para receber Giovanna em casa. Foi necessário comprar uma cama hospitalar adaptada, cadeira de rodas e itens para o tratamento da jovem, que continua.

“A mãe dela ficou quase 60 dias no hospital. Ao mesmo tempo que é bom estar em casa, agora a família começou a sofrer pelo dia a dia. Vai ser necessária a contratação de um cuidador”, informou Valentim.

De acordo com Hebert, a família abrirá uma ação contra o festival após o fim do inquérito policial, que está na fase final. Após este período, os familiares devem solicitar indenização por danos morais, materiais e estéticos. “A organização não fez nenhum contato. Eles não prestaram nenhum tipo de solidariedade, nem apoio psicológico”, finalizou.

Em nota, a organização do Rap Mix disse que, desde a época do acidente, buscou se aproximar de todas as famílias envolvidas, mas após algum tempo, “algumas famílias optaram por interromper o contato direto, solicitando que toda a comunicação fosse realizada através de seus respectivos advogados”.

Montagem incorreta de rampa

De acordo com informações da Polícia Civil de Goiás, o incidente que deixou cerca de 40 feridos foi provocado pela montagem incorreta da rampa. Conforme a corporação, a superlotação do local não contribuiu com a situação. A perícia informou que o projeto apresentado da estrutura da rampa não representava o que a equipe visualizou na prática.

A rampa desabou em 9 de julho no Estádio Serra Dourada, por volta das 23h16. Segundo a polícia, no total, foram ouvidas 60 testemunhas, e a investigação continua.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a maior parte das pessoas atendidas teve escoriações. No entanto, outras acabaram com fraturas expostas e até traumatismo crânioencefálico.

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