“Jovem economista”: quem é Gabriel Galípolo, que deverá presidir o BC
Nome de Galípolo foi aprovado nesta terça (8/10) pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, faltando apenas votação em plenário
atualizado
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Gabriel Galípolo, o indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidir o Banco Central (BC) nos próximos quatro anos (2025-2028), é tido como um “jovem economista” por senadores. O nome de Gabriel Galípolo foi aprovado nesta terça-feira (8/10), por unanimidade, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, após algumas horas de sabatina.
Se aprovado também pelo plenário da Casa Legislativa, ele deverá suceder Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra em 31 de dezembro deste ano.
Galípolo, de 42 anos, é natural da capital de São Paulo e acumula experiências no setor público e privado. Desde julho de 2023, ele é diretor de Política Monetária do BC, e foi secretário-executivo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entre janeiro e junho do ano passado.
Nas eleições de 2022, ele fez a ponte entre integrantes da campanha petista e atores do mercado financeiro.
Em junho deste ano, em meio aos rumores sobre a possibilidade de ter o nome indicado à chefia do BC, Galípolo rejeitou a alcunha de jovem e disse ter ficado “contente” quando disseram que ele talvez não teria a maturidade citada pelo presidente Lula para presidir a autoridade monetária.
“A única coisa que eu queria dizer aqui é que, por um pequeno momento, quando se levantou dúvidas sobre o meu nome, quando se falou sobre maturidade, eu quase fiquei contente porque eu achei que estavam achando que eu era novo, mas já não é mais o caso, né? As dores que eu sinto de vez em quando agora nas lesões, quando às vezes tem dois jantares que acabam mais tarde, no dia seguinte eu vou fazer teste para ver se eu peguei alguma doença mais forte… Então, tem menos a ver com isso”, disse Galípolo em uma live em junho.
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Além da idade, Lula também disse que o economista é “um menino de ouro”.
Trajetória
Formado em ciências econômicas e mestre em economia política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), Galípolo é pesquisador sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). Ele também foi professor de graduação na Faculdade de Economia da PUC-SP, entre 2006 e 2012.
Iniciou a carreira no setor público em 2007, chefiando a assessoria econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo e atuou como diretor da Unidade de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento paulista, na gestão de José Serra (PSDB).
Em 2009, fundou a Galípolo Consultoria, responsável por estudos de viabilidade econômico-financeira de projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs). Ele também fez parte do conselho da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
De 2017 a 2021, Galípolo atuou como presidente do Banco Fator.