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Jovem é indiciado por desviar R$ 500 mil de república estudantil em MG

Aluno de ciências econômicas na Universidade Federal de Ouro Preto, o jovem trabalhava como tesoureiro da república

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida da placa da Repúlica Partenon Ouro Preto - Metrópoles - Foto: Reprodução

O estudante de ciências econômicas Ygor Fernandes de Araujo, de 26 anos, foi indiciado pela Policia Civil pelo desvio de R$ 514,6 mil da Associação República Partenon de Ouro Preto (Arpop), em Minas Gerais. O dinheiro fazia parte de uma economia que a república mantinha para comprar uma casa própria que estava sendo negociada, desde o fim de 2022, no valor de R$ 390 mil.

Segundo a notícia-crime enviada ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os moradores da república afirmam que Ygor movimentou uma “quantidade anormal” de aproximadamente R$ 600 mil, desde que assumiu o cargo de tesoureiro em 25 de outubro de 2021.

Ainda consta na notícia-crime que Ygor mudou a forma que as movimentações bancárias da república eram feitas, pois antes era necessário que o presidente autorizasse as transações. Os demais integrantes dizem que, sabendo disso, o ex-tesoureiro sugeriu a criação de uma nova conta no Banco Efí, antiga Gerencianet, onde ele tinha vários amigos, com o argumento de que a instituição tem sede em Ouro Preto.

“Nesse novo banco, não haveria a necessidade de autorização do presidente para a realização da movimentação bancária, por isso o tesoureiro recebeu uma senha única, sem qualquer acesso dos demais moradores, uma vez que alterou o telefone de autenticação para seu pessoal”, diz o documento.

A denúncia foi aberta durante o Carnaval de 2023 pelo alunos que moravam na república e perceberam a ausência da poupança. Os moradores também notaram que os valores correspondiam aos das apostas feitas online por Ygor Araujo. O ex-tesoureiro é acusado de ter adulterado as contas para disfarçar os desvios.

Os colegas perceberam o desvio quando o acusado pediu dinheiro emprestado com o argumento de que precisava pagar algumas contas urgente da república, o quê levantou suspeitas, pois, segundo eles, as movimentações financeiras da república se intensificam durante o Carnaval de Ouro Preto.

O caso de Ygor Fernandes lembra o ocorrido em março de 2023 com a aluna de medicina Alicia Dudy Muller, que virou ré pelo desvio de R$ 927 mil dos fundos de formatura do curso de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Relembre o caso da aluna de medicina

Alicia Dudy Muller virou ré por ter desviado R$ 927 mil dos fundos da festa de formatura de sua turma de Medicina da USP, em março de 2023. A jovem ocupava o cargo de presidente da comissão de formandos. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), os desvios ocorreram entre os dias 25 de novembro e 20 de dezembro de 2022.

O inquérito da Polícia Civil consta que Alicia desrespeitou o estatuto da associação formada pela comissão para fazer os saques, pois o regulamento exigia que qualquer movimentação feita precisaria do aval do tesoureiro do grupo, que não foi consultado. A denúncia também afirma que Alicia solicitava as transferências diretamente à empresa, alegando que agia em nome da comissão

A aluna foi denunciada por oito crimes consumados de estelionato, além da tentativa frustrada de saque na lotérica.

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