Jovem de 14 anos morre vítima de raiva humana após mordida de morcego
O adolescente foi infectado em janeiro deste ano, ao tentar matar o animal, que reagiu e o feriu
atualizado
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Um adolescente de 14 anos morreu em decorrência de raiva humana, após ser mordido por um morcego hematófago, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. O último registro da doença no Brasil foi em 2006, sendo considerada controlada nas cidades.
A morte foi registrada no último dia 30 de março, mas a causa do óbito só foi anunciada nessa segunda-feira (15/06), por um alerta da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Na nota, o órgão pedia para as prefeituras informarem a população sobre formas de prevenir a doença, considerada extinta. Entre elas, evitar contato com animais silvestres, manter atualizada a vacinação de animais domésticos e prestar atendimentos de profilaxia imediatos. Após a manifestação dos sintomas, a doença mata 99,9% dos infectados. Em contraponto, há vacina e soro disponíveis no sistema público de saúde.
Segundo a secretaria, o adolescente foi infectado em janeiro ao tentar matar um morcego, que reagiu e mordeu a vítima. Somente em fevereiro os primeiros sintomas surgiram e, em 7 de março, ele foi internado.
O Rio de Janeiro tem um hospital referência para a doença, mas estava lotado de pacientes com o novo coronavírus.
No dia 10 de junho, a secretaria convocou uma reunião com representantes das 92 secretarias municipais do estado alertando sobre o caso. A nota “Alerta Raiva 001/2020 – Medidas de Prevenção da Raiva Humana Dirigidas à População do Estado do Rio de Janeiro” ressalta a preocupação com a infecção pelo morcego.
“O vírus da raiva continua presente no estado, causando a raiva em número significativo de bovinos e equinos, que são infectados por morcegos hematófagos. O morcego, no momento, vem sendo fator de grande preocupação, já que ações antropogênicas levaram a alterações no ecossistema, e à urbanização desta espécie, inclusive”, explicou o órgão em documento.