Jovem branca com câncer gera polêmica ao usar turbante
A paranaense Thauane Cordeiro, diagnosticada com leucemia, foi repreendida por usar turbante nas ruas de Curitiba
atualizado
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A paranaense Thauane Cordeiro, diagnosticada com leucemia mieloide aguda, gerou polêmica em Curitiba ao usar turbante. O item é um símbolo de identidade e luta do movimento negro. Careca e branca, a jovem andava pelas ruas de Curitiba quando foi abordada por uma mulher negra numa estação de transporte. Ela contou o episódio no Facebook e o post viralizou.
Com mais de 60 mil curtidas e 20 mil compartilhamentos, a postagem narra a conversa que Thauane teve com a mulher que a repreendeu. “Comecei a reparar que tinha bastante mulheres negras, lindas aliás, que tavam me olhando torto, tipo ‘olha lá a branquinha se apropriando dá (sic) nossa cultura’, enfim, veio uma falar comigo e dizer que eu não deveria usar turbante porque eu era branca”, ela escreveu.
Na conversa, Thauane tirou o turbante e mostrou que era careca. “Isso se chama câncer”, contou. “Saí e ela ficou com cara de tacho”. A jovem curitibana usou a hashtag “VaiTerTodosDeTurbanteSim para encerrar o desabafo.O episódio reacendeu o debate sobre apropriação cultural. Mais do que um mero adereço, o turbante tem um forte significado de empoderamento para as mulheres negras. As africanas usavam turbante para proteger a cabeça do sol. No Brasil, as escravas colocavam o item nos cabelos.