Jovem acusado de matar policial em operação no Jacarezinho é morto
A família fez um protesto e interditou uma via na zona norte do Rio. João Carlos Sordeiro, o Jota, matou um policial civil em maio de 2021
atualizado
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Rio de Janeiro – Um jovem de 23 anos, apontado como gerente do tráfico da favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro, foi morto por Policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), na tarde de quinta-feira (10/2).
A morte do jovem gerou um protesto de familiares no início da noite de quinta. A manifestação interditou uma das principais avenidas na zona norte, na altura da comunidade.
A polícia afirmou que se trata de João Carlos Sordeiro Lourenço, de 23 anos, conhecido como Jota ou “João da Jaca”, e que subiu na hierarquia da quadrilha após ter matado o policial civil André Leonardo de Mello Frias, em maio de 2021. O jovem era foragido da Justiça.
Frias foi morto durante a operação mais sangrenta da história do Rio, que acabou com a morte de 27 suspeitos. Dois policiais chegaram a ser denunciados pelo Ministério Público por homicídio e fraude processual durante a operação.
Segundo investigações da Polícia Civil, Jota era apenas um dos integrantes da quadrilha, intitulada “Tropa do Mantém”, em um referência ao fato de sempre se manterem prontos para o combate.
Escondido no Complexo da Penha
De acordo com informações reunidas no inquérito policial, com a morte do inspetor, Jota se tornou segurança de um dos chefes do tráfico da favela, Felipe Ferreira Manoel, o Fred.
Com a ocupação do Jacarezinho, o jovem seguiu com as lideranças para o Complexo da Penha, onde estão escondidos até hoje. Nessa quinta- feira (10/2), policiais receberam a informação de que o criminoso teria voltado para o Jacarezinho.
Os agentes cercaram a casa e, segundo a polícia, houve um confronto. Jota foi baleado e levado ao Hospital Salgado Filho, onde morreu.
Em nota ao Metrópoles, a Polícia Civil afirmou que junto ao jovem foi apreendida uma pistola Glock calibre 40, com kit rajada. “O homem possui diversas anotações criminais por tráfico de drogas, associação para o tráfico, resistência qualificada, porte ilegal de arma de fogo e porte de artefato explosivo ou incendiário. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada”, afirma o documento.