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José Mauro Coelho toma posse na Petrobras e promete “desenvestimento”

Coelho substitui o general Joaquim Silva e Luna, que caiu após atritos com o governo devido à inflação da gasolina

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Novo presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, discursa em sua pose diante de pulpito com microfones - Metrópoles
1 de 1 Novo presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, discursa em sua pose diante de pulpito com microfones - Metrópoles - Foto: Reprodução

O novo presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, não falou em mudanças na política de preços de combustíveis ao tomar posse do cargo, na tarde desta quinta-feira (14/4). Para ele, a manutenção da paridade com o mercado internacional é “necessária” para o país. “A prática de preços de mercado é condição necessária para criação de um ambiente de negócios competitivos, para a atração de investimentos, para ampliação da infraestrutura do país e para a garantia do abastecimento”, discursou ele.

O novo executivo-chefe da companhia prometeu, porém, “dar continuidade ao processo da promoção da concorrência no refino e no abastecimento” e, para isso, fazer “desenvestimentos” no setor.

Prometeu ainda, numa resposta indireta à crise que derrubou seu antecessor, o general Joaquim Silva e Luna, “maior integração com o Congresso, com o Executivo Federal e com os Poderes Executivo e Legislativo dos estados”, ou seja, “uma Petrobras que trabalhará mais para fora”, o que incluiu mudanças na política de comunicação.

“Farei uma gestão que valorizará o aperfeiçoamento da comunicação, principalmente o aperfeiçoamento da comunicação externa. Buscaremos maior interação com a sociedade. Temos que entender a importância que essa empresa tem para os brasileiros”, disse Ferreira Coelho.

O novo executivo elogiou, em seu discurso, o tipo de gestão feito após os governo petistas, que alinhou o preço dos combustíveis no Brasil ao do mercado internacional, abrindo mão de controle artificial.

“Em 2014, a dívida bruta da Petrobras era de R$ 160 bilhões. Hoje, inferior a R$ 60 bilhões, o que abre espaço para investimentos”, discursou ele.

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Posse ocorreu nesta quinta, na sede da empresa, no Rio
José Mauro Coelho, o novo presidente da Petrobras
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque
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Novo presidente da Petrobras ganha seu crachá funcional

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Posse ocorreu nesta quinta, na sede da empresa, no Rio

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José Mauro Coelho, o novo presidente da Petrobras

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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque

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José Mauro Coelho se compromissou ainda a seguir o plano estratégico em curso na companhia, que vai até 2026. “Essa Petrobras mais forte e valorizada traz maior retorno para o seu acionista e para a sociedade brasileira. São mais dividendos pagos para a União e mais tributos pagos a estados e municípios, que levam a a uma maior arrecadação desses entes federativos, em benefício do cidadão brasileiro”.

A posse de Coelho contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e dos demais executivos da companhia. Apesar de não haver mais essa obrigação no Rio de Janeiro, sede da empresa, todos usaram máscaras, tirando-as só para discursar.

Currículo do novo presidente

Ferreira Coelho foi indicado pelo governo brasileiro, que é o principal acionista da Petrobras, e eleito presidente da companhia mais cedo nesta quinta, pelo conselho de administração.

Ele substitui no cargo o general Joaquim Silva e Luna, que caiu após atritos com o governo de Jair Bolsonaro (PL) em meio ao aumento do preço dos combustíveis, acompanhando a alta no mercado internacional, que foi causada, principalmente, pela guerra da Rússia contra a Ucrânia.

O novo executivo-chefe da petroleira já foi presidente do conselho de administração da Pré-Sal Petróleo (PPSA) e secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, até outubro de 2021.

Ele é graduado em química industrial, com mestrado em engenharia dos materiais, pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e doutorado em planejamento energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Foi ainda oficial de artilharia do Exército entre 1983 e 1991.

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