Jornalistas são agredidos com chutes e murros em ato pró-Bolsonaro. Vídeo
Presidente compareceu a manifestação que tinha como alvo o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e o Supremo Tribunal Federal
atualizado
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Equipes de jornalistas foram agredidas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante manifestação pró-governo, realizada neste domingo (03/05), em Brasília. Os profissionais levaram socos, chutes e empurrões de participantes do ato, além de muito abuso verbal.
O fotógrafo Dida Sampaio, do jornal O Estado de S. Paulo, fazia imagens do presidente em frente à rampa do Palácio do Planalto quando foi agredido. Ele usava uma escada para registrar o momento e foi empurrado e socado por algumas pessoas. Caiu e foi chutado.
O também fotógrafo Orlando Brito, 70 anos, um dos mais premiados e respeitados fotojornalistas do país, foi ajudá-lo. Acabou atacado também, a gritos em coro de “lixo, lixo, lixo”.
Também foram agredidos verbal e fisicamente equipes da Folha de São Paulo e do Poder360.
O motorista do jornal Marcos Pereira também foi agredido e chegou a levar uma rasteira. A equipe recorreu à Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para deixar o local em segurança.
Outros jornalistas, entre eles os do Metrópoles, que acompanhavam a manifestação também foram hostilizados verbalmente.
A Polícia Militar acompanhou toda a manifestação. Foi chamada, mas não interveio imediatamente. Os policiais acabaram se aproximando e cercando os profissionais de imprensa quando a multidão seguida com a hostilidade e tentava expulsar os jornalistas. O grupo foi retirado da área escoltado. Ninguém foi preso.
O presidente apareceu na manifestação pró-governo que reuniu milhares de pessoas na Esplanada dos Ministérios. Os participantes protestavam contra o ex-ministro Sergio Moro, que prestou depoimento no inquérito que apura denúncia de que Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal.
O Supremo Tribunal Federal (STF) e os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também foram alvo da manifestação.