Jordy nega mensagens com golpistas interceptadas pela Polícia Federal
Deputado federal Carlos Jordy, alvo da Operação Lesa Pátria, disse que não existem mensagens de teor golpista relacionadas a ele
atualizado
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O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) rebateu as informações apuradas pela Polícia Federal (PF) de que ele teria se articulado com golpistas por mensagens de aplicativo e ligações telefônicas.
“Não tem uma mensagem minha. Até nessas mensagens que eles dizem que eu supostamente teria insuflado, incentivado a irem nos quartéis. Nao existem essas mensagens”, declarou Jordy para a imprensa na superintendência da PF no Rio de Janeiro.
Mais cedo, Jordy, que é líder da oposição na Câmara, gravou um vídeo repudiando o mandado de busca e apreensão contra ele. Equipes da PF cumpriram mandados contra o deputado no Rio de Janeiro e no gabinete dele no Congresso Nacional, em Brasília.
“Isso aí é a verdadeira constatação de que estamos vivendo uma ditadura. Eu em momento algum incitei, falei para as pessoas que aquilo era correto, em momento algum estive nos quartéis generais no momento em que aconteciam aqueles acampamentos”, declarou Jordy na gravação.
O deputado ainda chegou a dizer que acordou com “fuzil no rosto”, mas a PF nega essa informação e diz que a abordagem foi padrão, sem necessidade de uso da força.
Atos preparatórios para 8/1
De acordo com a PF, Jordy passou orientações sobre atos golpistas a bolsonaristas do Rio de Janeiro. Ele e outros suspeitos são alvos de mais uma fase da Operação Lesa Pátria.
Mensagens trocadas entre o parlamentar e militantes golpistas foram consideradas como “atos preparatórios” para os ataques que ocorreram em 8 de janeiro do ano passado.
No total, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (18/1). Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.