“Joice mostrou que como política é uma boa cantora”, diz Bruno Covas
Prefeito de São Paulo afirma que alguns adversários estão mais preocupados com “lacração” e curtidas nas redes sociais
atualizado
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São Paulo – Líder nas pesquisas de intenção de votos, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), reagiu nesta sexta-feira (13/11) aos ataques que recebeu no debate realizado na quinta pela TV Cultura. Para o candidato à reeleição, alguns adversários só estão preocupados com a audiência nas redes sociais.
“É uma pena que alguns candidatos e candidatas estejam mais preocupados com lacração e curtidas no Instagram, com monetizar o YouTube, do que apresentar propostas. Acho que o eleitor viu quem foi lá para poder apresentar ideias, propostas e realizações e quem foi lá para bater. O eleitor vai fazer essa diferenciação no domingo”, disse o prefeito, em coletiva de imprensa.
Em um dos ataques, Joice Hasselmann (PSL) questionou Covas sobre o IPTU e cantou um jingle de sua campanha em que afirma que o prefeito aumentou o imposto. A cena viralizou nas redes sociais.
“Ontem, a deputada Joice mostrou que como política ela é uma boa cantora”, afirmou o tucano, que visitou nesta sexta o comércio na zona norte de São Paulo, em agenda de campanha.
a cara do covas 😳 pic.twitter.com/JEhQO0LMR0
— joão abel (@joaoabel_) November 13, 2020
Covas também foi chamado de “Bruno Férias” pelo candidato Arthur do Val, o Mamãe Falei (Patriota). Sobre o mesmo tema, Joice disse que o prefeito adiantou as férias para viajar para o exterior com os amigos para “se divertir” enquanto São Paulo atravessava um período de grandes enchentes.
“Prefeito, todo trabalhador tem que trabalhar um ano para tirar férias. Com sete meses, você tirou férias e foi para a Croácia com alguns amigos se divertir. O senhor também esteve na Europa em uma viagem pessoal, enquanto São Paulo estava embaixo d’água. Pessoas morreram em enchentes”, disse a deputada no debate.
Aumento de casos de Covid-19
O prefeito disse que o crescimento das internações por Covid-19 na rede privada de saúde em São Paulo não reflete a evolução do número de casos da doença na cidade. Segundo dados de pesquisa conjunta da USP e Unesp, os hospitais particulares começam a registrar um aumento nos casos da doença.
“O que nós temos são dados específicos de alguns hospitais privados, que recebem, inclusive, muita gente de fora de São Paulo. Isso, portanto, não reflete a evolução da pandemia na cidade de São Paulo”, afirmou.
Segundo Covas, os números agregados da cidade de São Paulo mostram que não há nenhum recrudescimento da doença. “A gente continua a reduzir índices aqui. Nós estamos na 24ª semana de redução de óbitos na cidade. Não há nenhuma ação que aponte que o que acontece em dois três hospitais de ponta, que recebem muita gente de fora, representa a evolução da doença na cidade”, reforçou.
O prefeito avaliou que, no momento, não há necessidade de ampliar leitos de UTI para casos da doença na rede pública, que hoje está com 32% de ocupação na cidade.
“A rede pública permaneceu com vários leitos referenciados para que a gente possa ter a tranquilidade de ter local para atender a população se houver qualquer necessidade. E rapidamente, se for o caso, nós vamos reverter leitos que hoje não estão referenciados para Covid, mas não há nenhum número que aponte qualquer necessidade nessa direção”, afirmou.