Joice: mesmo com mudanças na Previdência, economia será de R$ 1 tri

A reforma da previdência foi votada e aprovada, nesta terça-feira (24/04/19), pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na Câmara dos Deputados. Para a líder do governo no Congresso Nacional, Joice Hasselmann (PSL-SP), a vitória “foi sensacional” e o saldo foi positivo para o governo federal.

“Conseguimos 5 votos a mais do que estávamos contabilizados, os partidos neutros e alinhados estão trabalhando pela aprovação da nova previdência”, afirmou a deputada. Para Joice, a confusão gerada pela oposição foi “regimental” e já era de se esperar. “Claro que teve um barulho da oposição, mas isso é regimental, o regimento permite aquela baderna toda, aquele tanto de questão de ordem, paciência”, completou.

Planalto 
A líder do governo afirmou, após reunião com o presidente, que o Planalto não está “insensível” às alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural propostas na reforma da Previdência, dois pontos que sofrem resistência no Congresso. Ela citou que, mesmo que o governo ceda nesses dois itens, será possível chegar “muito perto” de uma economia de R$ 1 trilhão em dez anos.

“O governo já entende que os pontos que mais pegam, que mais apertam o calo de boa parte dos parlamentares, realmente é a questão do BPC e (a aposentadoria) rural”, declarou a deputada. “Se vai mexer no BPC e rural, se vai mexer em uma vírgula para a direita ou para a esquerda, isso é uma coisa que a gente discute e resolve”.

Comissão especial
Questionada a respeito dos próximos desafios a serem enfrentados na reforma, Joice disse que a comissão especial será um novo desafio, mas mostrou confiança na aprovação do texto. “Agora vamos caminhar alguns passos a mais pra fazer um bom trabalho na comissão especial, mas não há a possibilidade desse projeto não passar por um motivo muito simples: não é um projeto do governo é um projeto do Brasil”, afirmou.

Na ocasião, Joice expressou seu desejo dos líderes indicarem até esta quinta-feira (24/04/19) os relatores da comissão, devido ao feriado do dia do trabalhador, na semana que vem, no 1º de maio. “Se esse projeto não passar o Brasil quebra e pode quebrar definitivamente. Eu não trabalho sozinha, preciso dos lideres”, alertou

A deputada garantiu que o governo continuará a discutir e negociar sobre o texto. “Nós sabemos que alguns pontos causaram desconfortos, o governo não está insensível a isso. Ninguém quer quer desgastar parlamentar, pelo contrario, queremos dar conforto as bancadas para que a previdência seja aprovada”, comentou.