Joias da ex-primeira dama Adriana Ancelmo vão a leilão no Rio
A partir do dia 15 de agosto, os interessados poderão fazer lances e arrematar objetos que, somados, têm valor estimado em R$ 455,4 mil
atualizado
Compartilhar notícia
Famosas desde que o ex-governador Sérgio Cabral foi preso, em novembro de 2016, as joias da ex-primeira dama Adriana Ancelmo vão a leilão no Rio de Janeiro. A partir do dia 15 de agosto, os interessados poderão fazer lances e arrematar objetos que, somados, têm valor estimado em R$ 455,4 mil.
Essas joias, contudo, são apenas parte das que a Lava Jato identificou como pertencentes à ex-primeira dama. A maioria dos objetos não foi localizada até hoje pela operação. Em agosto do ano passado, o Ministério Público Federal apontou que Cabral e aliados teriam adquirido pelo menos R$ 6,5 milhões de joias das grifes H’Stern e Antonio Bernardo, sem nota fiscal.
Na época da prisão de Cabral, no final de 2016, a grife Antonio Bernardo entregou uma lista de 460 peças compradas pelo grupo do ex-governador. Havia, por exemplo, um brinco de turmalina paraíba e diamantes que custava R$ 612 mil. Da H’Stern, foi adquirido um anel de ouro com rubi por R$ 600 mil.
As ofertas do leilão poderão ser feitas online. Caso não sejam arrematadas na primeira sessão, as joias terão desconto de 25% em uma outra ocasião, no dia 23 de agosto.
Vida nababesca
A Lava Jato do Rio já botou à venda diversos símbolos da vida nababesca levada por alguns de seus condenados. O empresário Eike Batista, por exemplo, perdeu uma Lamborghini e uma lancha milionárias.
O carro de luxo foi vendido por R$ 1,4 milhão, valor bem inferior aos R$ 2,2 milhões de quando entrou em leilão A lancha também saiu desvalorizada: com custo inicial de R$ 3,5 milhões, foi arrematada por R$ 1,9 milhão.
Enquanto alguns bens saíram por preços inferiores, outros sequer receberam lances. É o caso da lancha Manhattan, que pertencia a Sérgio Cabral e chegou a ser colocada à venda no ano passado por R$ 3,5 milhões. No último leilão, em julho deste ano, foi oferecida por 2,3 milhões, mas permaneceu sem lances.
Operador de Cabral
Apontado como operador de Cabral no esquema investigado, Carlos Miranda também viu um antigo bem ficar à disposição dos cidadãos mais abastados. O sítio de mais de 50 hectares que um dia foi seu entrou no leilão por R$ 3 milhões e, mesmo com o preço diminuído para R$ 2,2 milhões, não recebeu lances. A lancha e o sítio terão os valores reavaliados.