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Jogou água no rosto do meu filho, diz mãe sobre maus-tratos em escola

Escola infantil Colmeia Mágica é investigada após denúncias de maus-tratos contra crianças. Polícia ouve relatos de pais e funcionários

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Crianças sofrem maus-tratos em SP
1 de 1 Crianças sofrem maus-tratos em SP - Foto: Reprodução/Redes sociais

São Paulo – Pais e mães de crianças que estudavam na Escola Colmeia Mágica, na zona leste de São Paulo, investigada por maus-tratos, relatam o desespero de ver o tratamento que os filhos teriam recebido no local. A diretora e proprietária da instituição, Roberta Regina Rossi Serme, 40 anos, nega as acusações.

A proprietária da escola afirmou em depoimento, segundo o G1, que as imagens que mostram as crianças amarradas foram gravadas no banheiro ao lado de sua sala, mas diz que não amarrou ou deu ordens para isso.

Fernanda Pellissari, 39 anos, conta que sempre confiou na diretora da instituição. “Quando ela chamou a gente para uma reunião urgente na quinta, disse que uma tia denunciou o lugar por estar insatisfeita com o salário”, conta ao Metrópoles.

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Relatos apontam que crianças sofriam diversos tipos de maus-tratos
Escola infantil de São Paulo amarrava crianças em lençóis, como se fossem camisas de força
Mães denunciaram machucados e filhos doentes após escola ser acusada de maus-tratos em SP
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Crianças sofrem maus-tratos em escola de São Paulo

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Escola infantil de São Paulo amarrava crianças em lençóis, como se fossem camisas de força

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Mães denunciaram machucados e filhos doentes após escola ser acusada de maus-tratos em SP

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“Eu falei ‘meu Deus, como pode? A gente deixa nossos filhos aqui, sabemos como você cuida deles’. Eu sempre tive confiança, elas sempre estavam presentes, entregavam as crianças pessoalmente para a gente. Achei que fosse por amor, mas na verdade era uma forma dela se proteger”, afirma.

Segundo ela, seu filho chegou a levar um copo de água no rosto por estar com sono. “Como ele estava com o sono agitado, ficou cansado nesse dia, e ela [uma das tias da escola] jogou água gelada no rosto dele, para ele ‘acordar pra vida'”, conta.

O filho de Fernanda tem 2 anos e começou a frequentar o endereço em outubro do ano passado. “Ele sempre foi agitado, então sempre ficou com hematomas nas pernas. Mas começou a ter um sono agitado, uma diarreia que vai e volta, que, agora, a gente acredita ser pela higiene de lá”, relata.

“Quando chegamos a locais com muita gente estranha, ele me puxa para a saída e chora, pede colo. Desde que descobri, ouvi os relatos, passei por uma espécie de luto. Só consegui contar os relatos para a minha família na segunda. É uma sensação de impotência, revolta pelo que fizeram com os nossos filhos”, diz Fernanda.

Diretora teria feito ameaças

Thaiza Oliveira, 22, também é mãe de uma das crianças que estudavam no local. A pequena, 4, ficou com diversos traumas após o período de quase um ano na Colmeia Mágica. “Proibiam ela de ir ao banheiro. A Roberta largava ela no ‘pensamento’, dentro da sala dela, sozinha e no chão. As tias roubavam as comidas que mandávamos na lancheira. A minha filha me relatava essas coisas”, conta.

A filha de Thaiza, assim como o seu irmão de 5 anos, saíram da instituição em janeiro, após relatos das crianças e comportamentos estranhos. “Depois de reclamarem e a gente bater lá duas vezes, meu irmão começou a falar igual a um robô, que adorava a escola e a tia Roberta, agradecia por estudar lá”, diz Thaiza. “Ele chegou a dizer que foi ameaçado pela Roberta antes disso, que se continuasse contando para a gente, não ia mais ver a mãe”. 

O Metrópoles apurou que em uma reunião que a diretora convocou com os pais, ela afirmou que o caso é armação de uma funcionária. Segundo ela, essa servidora quis se vingar porque tinha pedido aumento, que foi negado.

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