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Jogador de futebol que fugiu da Ucrânia fala de tratamento “desumano”

O jogador de 23 anos estava com sete colegas e conseguiu cruzar a fronteira entre Ucrânia e a cidade de Bribka, na quinta-feira

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1 de 1 - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Há menos de um mês morando na Ucrânia, o jovem de 23 anos Murilo Koefender Maia contou ter recebido a notícia da invasão da Rússia no país pelo pai. Imediatamente, ele e sete jogadores de futebol brasileiros partiram para tentar chegar à fronteira da Ucrânia com a Polônia.

“O clima na fronteira era muito tenso. Muita dispersão de família, os pais ficando e as mães e filhos saindo do território. Cenas que me deixam sem palavras. Extremamente desagradáveis, que eu torço que nenhuma nação passe”, disse Koefender, ao O Globo.

Murilo e os colegas e treinadores estavam instalados em um apartamento na cidade de Bribka, de onde saíram na última quinta-feira (24/2) e foram levados de van até determinado trecho, mas ainda precisaram andar 10 quilômetros até a fronteira com a Polônia.

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Tanques militares russos e veículos blindados avançam em Donetsk, Ucrânia
Uma coluna de veículos blindados passa por um posto policial na cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início do dia 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk
Engarrafamento em Kiev: moradores tentam deixar a capital após o ataque
BRUXELAS, ÉLGIUM - 24 DE FEVEREIRO: O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, faz uma declaração sobre a operação militar da Rússia na Ucrânia, na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica, em 24 de fevereiro de 2022
Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens
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Ataque com mísseis

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Tanques militares russos e veículos blindados avançam em Donetsk, Ucrânia

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Uma coluna de veículos blindados passa por um posto policial na cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início do dia 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk

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Engarrafamento em Kiev: moradores tentam deixar a capital após o ataque

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BRUXELAS, ÉLGIUM - 24 DE FEVEREIRO: O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, faz uma declaração sobre a operação militar da Rússia na Ucrânia, na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica, em 24 de fevereiro de 2022

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Diante do ataque russo, cidadãos ucranianos deixaram as suas casas, localizadas em zonas de conflito, e recorreram aos trens

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24 de fevereiro de 2022, Renânia-Palatinado, Ramstein-Miesenbach: aviões da Força Aérea dos EUA estão na pista da Base Aérea de Ramstein. As tropas russas começaram seu ataque à Ucrânia

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Tanques das forças ucranianas se movem após a operação militar da Rússia

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Um oficial do Serviço de Proteção Russo em frente ao Kremlin, na Praça Vermelha, no dia 24 de fevereiro de 2022, em Moscou, Rússia. Tropas russas lançaram seu ataque antecipado na Ucrânia na quinta-feira

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CRIMEIA, RÚSSIA - 24 DE FEVEREIRO DE 2022: um veículo blindado atravessa a cidade de Armyansk, norte da Crimeia. No início de 24 de fevereiro, o presidente Putin anunciou uma operação militar especial a ser conduzida pelas Forças Armadas russas, em resposta aos pedidos de ajuda dos líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk

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Habitantes de Kiev deixaram a cidade após ataques de mísseis pré-ofensivos das forças armadas russas e da Bielorrússia

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Ao redor do mundo, várias pessoas se manifestam contra o ataque russo à Ucrânia. "Pare a guerra", escreveu mulher em cartaz durante manifestação em frente ao Portão de Brandemburgo, na Alemanha

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Embaixada da Ucrânia em Brasília

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Segurança local é reforçada na Embaixada da Ucrânia em Brasília

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Embaixada da Rússia em Brasília

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Encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach fala com a imprensa após ataque da Rússia

Rafaela Felicciano/Metrópoles

“Ficamos na rua a noite inteira. Uma noite muito fria. Conseguimos entrar no solo polonês por volta das 15h30 da tarde. Estamos acordados há mais de 30 horas”, contou.

O jogador ainda disse que o tratamento que estava sendo dado pelos soldados à população foi algo “desumano”, porque a inquetação em que se encontravam os ucranianos para cruzar às pressas a fronteira, colaborou para que mulheres, idosos, crianças e pessoas com necessidades especiais não tivesse o tratamento adequado.

“Devido à falta de soldados, mulheres e crianças não conseguiram passar com a prioridade necessária. A população se incomodou muito com a espera. Foi uma pessoa atropelando a outra. Muito empurra-empurra, muito tumulto. Muitos homens gritando com as mães com bebês. Vi famílias inteiras passando para a fronteira e os homens tendo que voltar”, explicou Murilo.

O jovem paranaese e os colegas treinavam na Ucrânia, na esperança de conseguir uma oportunidade em algum time local, mas devido à situação, ele teve que dar uma pausa no sonho para conseguir se salvar do conflito. “Infelizmente a guerra impediu esses planos. Mas eu sigo treinando em solo europeu pra buscar uma oportunidade”, finalizou.

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