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Joesley diz que não foi orientado por ex-procurador para gravar Temer

Caso a informação se confirme, o empresário pretende afastar a ideia de que registrou conversa com o presidente com ajuda de agente público

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ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
JOESLEY BATISTA DEPÔE NA POLÍCIA FEDERAL
1 de 1 JOESLEY BATISTA DEPÔE NA POLÍCIA FEDERAL - Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, afirma que não foi orientado pelo ex-procurador Marcelo Miller para gravar conversa com o presidente Michel Temer (PMDB-SP). Ele negou também que houvesse recomendação de outras autoridades alvo da Operação Lava Jato. A informação é de um interlocutor do empresário ao jornal O Globo.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ouve nesta quinta (7/9) os três delatores da JBS cujo acordo de colaboração premiada deve ser revisto. Além de Joesley, o ex-executivo da empresa Ricardo Saud e o advogado Francisco Assis estão na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, prestando esclarecimentos desde as 10h.

Se a informação de Joesley for confirmada, a expectativa é afastar a ideia de que a gravação da conversa entre ele e Temer na noite de 7 de março deste ano, no Palácio do Jaburu, foi flagrante previamente planejado com ajuda de agente público.

Essa tese tem sido sustentada por aliados do presidente, para desqualificar a denúncia da PGR e, de uma vez por todas, as investigações sobre o peemedebista, o ex-assessor especial da presidência da República Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e outros políticos.

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Na segunda (4), o procurador-geral abriu o procedimento de revisão do acordo após analisar uma gravação em que Joesley fala sobre a orientação de Marcelo Miller, ex-procurador que atuou na Operação Lava Jato, para que fosse celebrado o acordo com a PGR. Miller deve ser ouvido por Janot na sexta (8).

Janot irá ouvir os três delatores que aparecem na conversa gravada, o próprio Miller e analisar informações do escritório Trech, Rossi e Watanabe — onde o procurador chegou a trabalhar após ser exonerado do Ministério Público.

O procurador concedeu, inicialmente, até sexta para que todos os esclarecimentos sejam prestados. A intenção é resolver a situação o quanto antes, para solucionar o problema dentro dos 10 dias que ainda possui à frente do cargo de procurador-geral.

Depois que a PGR encaminhar ao Supremo sua avaliação sobre o que deve ser feito com o acordo, o ministro Edson Fachin terá que decidir se analisa o caso sozinho ou leva para debate em plenário. No caso JBS e em outras polêmicas no curso da Lava Jato, a opção do ministro tem sido compartilhar com o colegiado o tema para que o plenário dê a palavra final.

A avaliação do ministro é de que uma decisão do plenário confere maior segurança jurídica à discussão, considerando que é recente o uso de delações premiadas e o debate sobre o instrumento no Supremo. Por isso, integrantes do Tribunal avaliam que Fachin deve levar o caso ao STF.

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