João de Deus será investigado por venda de falsas pedras preciosas
Força-tarefa instaurou inquérito para investigar denúncia de estelionato. Líder religioso negou o crime em depoimento à polícia
atualizado
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A Polícia Civil e o Ministério Público de Goiás receberam denúncia de que o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, pode ter ligação com negócio relacionado à venda de falsas pedras preciosas. A informação chegou à força-tarefa por meio de uma testemunha, mantida em sigilo, e gerou a abertura de novo inquérito.
A acusação, no entanto, só deve ser priorizada nas próximas semanas. Neste momento, promotores e policiais estão focados na investigação das denúncias de abuso sexual contra o médium.
Se a suspeita for confirmada, João de Deus pode responder também por estelionato. Questionado sobre o assunto no depoimento de domingo, o líder religioso negou participação em qualquer esquema de venda de falsas pedras preciosas.
O médium é conhecido por atuar no ramo de garimpo, extração e lapidação de pedras. Alguns dos cristais são oferecidos, inclusive, a fiéis que frequentam a Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), onde o acusado fazia atendimentos espirituais antes de ser preso.
João de Deus cumpre prisão preventiva no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia desde domingo (16/12), quando se entregou à Polícia. Segundo seus defensores, o líder religioso está abatido por ter diversos problemas de saúde e dormido num colchão no chão em uma das noites.