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João de Deus: Polícia também apura indícios de fraudes e extorsão

Delegado-geral da PCGO, André Fernandes, informou que a prioridade são denúncias de abuso, mas outras suspeitas serão averiguadas

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delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes
1 de 1 delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Enviadas especiais a Goiânia (GO) – O delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes (foto em destaque), informou que estão sendo apurados, paralelamente às denúncias de abuso sexual contra o médium João de Deus, indícios de fraudes, extorsão e possíveis crimes correlatos. Ele revelou também que já havia três apurações abertas contra o líder espírita antes de os casos de abuso sexuais virem à tona.

Responsável pela condução das investigações contra o médium, o delegado disse que chamou a atenção nos depoimentos a semelhança dos eventos descritos pelas vítimas. “Há uma singularidade do comportamento. Atos comuns, o mesmo modus operandi. E são mulheres que não se conhecem, de diferentes cidades”, contou Fernandes, no início da noite deste domingo (16/12), após o acusado se entregar à polícia.

O delegado comandou as tratativas da rendição do médium, que ocorreu por volta das 16h30 deste domingo. “Fomos informados do ponto de encontro poucos minutos antes. Mas estávamos próximos”, contou.

Além de Fernandes, foi ao encontro do médium o delegado-titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), Valdemir Pereira da Silva. Os policiais chegaram ao local marcado para a rendição – uma estrada de terra perto de Abadiânia, e também próxima ao sítio onde o médium estava nos últimos dias – em três carros. O acusado se dirigiu até o ponto de encontro no veículo do advogado Alberto Toron, seu defensor.

A defesa do médium negociava a rendição dele com a Polícia Civil de Goiás desde sexta-feira (14), quando a Justiça do estado expediu mandado de prisão contra João de Deus.

O trajeto de 90km – de Alexânia até a capital goiana – durou cerca de uma hora. João de Deus não falou com a imprensa ao chegar ao prédio da Deic, em Goiânia. O médium deve dormir na unidade policial, onde agentes preparam uma sala para abrigar o líder religioso de 76 anos. Ainda não há informação sobre possíveis transferências para uma unidade prisional. No entanto, já é certo que ele deverá ser mantido isolado, tanto pela idade quanto pela natureza sexual das acusações que pesam contra o líder espírita.

Mais de 300 vítimas
A partir das primeiras denúncias, reveladas no último dia 12 no programa Conversa com Bial, da Rede Globo, mulheres do Distrito Federal e mais 13 estados brasileiros, e de seis países, começaram a entrar em contato com o Ministério Público de Goiás. De lá para cá, os promotores colheram 335 relatos de situações nas quais o médium teria se aproveitado da confiança depositada pelas seguidoras para molestá-las e estuprá-las. Após revelarem os casos, as denunciantes passaram a ser atacadas nas redes sociais.

Colaborou Gabriella Furquim

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