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João de Deus: mala de dinheiro achada em esconderijo tinha R$ 1,2 mi

Também foram recolhidos 770 euros e US$ 908 em imóvel do médium em Anápolis (GO). A PCGO apreendeu ainda pedras preciosas e um revólver

atualizado

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Mala de dinheiro
1 de 1 Mala de dinheiro - Foto: PCGO/Divulgação

A mala com dinheiro achada em um porão da casa de João de Deus pela Polícia Civil de Goiás, em Abadiânia (GO), no Entorno do Distrito Federal, nessa sexta-feira (21/12), tinha R$ 1,2 milhão. A informação foi confirmada na manhã deste sábado (22) pela assessoria da corporação.

Também foram recolhidos 770 euros e US$ 908, em um imóvel do médium em Anápolis (GO), bem como um revólver calibre .38, uma algema e centenas de pedras das mais variadas tonalidades. As novas buscas foram autorizadas pela Justiça em três endereços.

O esconderijo achado em uma das casas de João de Deus em Abadiânia fica em fundo falso de um guarda-roupa. O acesso é feito por meio de uma escada. No local, havia um cofre, que estava vazio. Também foram apreendidas no mesmo imóvel pedras que parecem esmeraldas.

No dia 18 de dezembro, a Polícia Civil de Goiás encontrou R$ 400 mil, cinco armas, um simulacro e munição em outra casa do médium João de Deus, em Abadiânia. O dinheiro era dividido em notas de euro, dólar, libra, peso e real.

O armamento, por sua vez, estava espalhado em diversos cômodos da residência em Abadiânia. Como resultado da ação, a Justiça acatou, nessa sexta (21), novo pedido de prisão preventiva contra o líder religioso, desta vez por posse ilegal de arma.

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Pedras que se assemelham a esmeraldas foram recolhidas
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R$ 1,2 milhão encontrado em esconderijo em fundo falso de armário em uma das casas de João de Deus

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Pedras que se assemelham a esmeraldas foram recolhidas

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Polícia acha fundo falso em guarda-roupa em uma casa de João de Deus

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Mala de dinheiro estava em um dos endereços de João de Deus

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Delegados falam sobre o caso João de Deus

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Revólver calibre .38 encontrado em um imóvel de João de Deus, em Anápolis

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João de Deus está preso desde o dia 16 de dezembro, em Aparecida de Goiânia, acusado de centenas de abusos sexuais. A PCGO indiciou o médium nessa quinta (20) por violação sexual mediante fraude. Se condenado, ele pode pegar até 6 anos de cadeia. Ao todo, religioso responde a nove inquéritos. Um foi concluído e os outros estão em andamento.

“Cápsulas energizadas”
Apontada pelas vítimas como sendo o local onde João de Deus cometia abusos sexuais, a Casa Dom Inácio de Loyola também foi alvo de novas buscas na sexta-feira (21). Técnicos da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) fizeram inspeção no laboratório montado no centro de Abadiânia.

As chamadas “cápsulas energizadas” foram apreendidas e o estabelecimento acabou lacrado pela Vigilância. Em depoimento no dia em que foi preso, João de Deus admitiu que fabricava remédios na Casa Dom Inácio de Loyola, local onde teria cometidos os abusos.

Eles são revendidos aos “pacientes” do centro espiritualista. De acordo com João de Deus, uma caixa com 10 comprimidos era comercializada por aproximadamente R$ 50 – o valor, no entanto, pode chegar a R$ 100. “Não tenho certeza do preço. No atendimento, não é repassada a receita. As orientações são repassadas pelo espírito, ou seja, não é de maneira escrita. Apenas atendo e oriento”, pontuou.

Perguntado pelo advogado se ele coagia as pessoas a comprar a medicação, o médium disse que não existia qualquer imposição. Alguns até adquirem o produto mesmo sem “a orientação do espírito”. A força-tarefa da Polícia Civil e do Ministério Público de Goiás fez uma varredura no laboratório na terça (18).

Nota da defesa de João de Deus
O advogado Alberto Toron, que defende João de Deus, disse que a decretação da nova prisão preventiva por posse ilegal de arma, “além de desnecessária, pois o investigado já está preso, foi calcada no desejo de calar o clamor público contra a impunidade”.

Toron informou ainda que a nova busca e apreensão nos endereços do médium foi “determinada com base em denúncia anônima e genérica, o que é inadmissível. E mais, não se lavrou auto de apreensão no local como manda a lei. Portanto, a diligência é írrita”.

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