Jaques: Lula quer “melhorar articulação” após derrotas no Congresso
Líder do governo no Senado esteve com o presidente Lula nesta quarta-feira (29/5). O senador descartou troca de lideranças no Legislativo
atualizado
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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse nesta quarta-feira (29/5) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer melhorar a articulação política com o Congresso depois das derrotas da gestão petista no Legislativo.
“Acabei de sair da sala dele [Lula], ele está absolutamente tranquilo. Ele tem 78 (anos), já apanhou, já comemorou, já chorou, já riu, então não assusta isso aí. O balanço é que a gente precisa melhorar a nossa organização nesse processo governo e Legislativo. Vai envolver uma sistemática de conversa mais próxima”, declarou o senador a jornalistas. Mais cedo, ele se reuniu com o presidente Lula.
O governo colecionou perdas na terça-feira (29/5) em uma demonstração de fragilidade de construir uma base aliada no Legislativo. Uma delas foi a derrubada do veto das saidinhas, que autorizava a saída dos detentos dos presídios para convívio familiar.
Segundo Jaques, o que é considerado uma derrota, é visto por ele como uma vitória, já que o Congresso preservou o veto do calendário de emendas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. O parlamentar afirmou que as questões orçamentárias eram “essenciais”, e que as demais pautas eram mais “questões partidárias”.
“Todos nós sabemos aqui que matéria econômica tramita de um jeito, matéria, e vou chamar genericamente de costume, tramita do outro. Toda vez que vocês me perguntam qual é a base, eu respondo que depende do tema”, disse o senador.
E completou: “Não era uma questão programática para a gente, era partidária. O que era essencial para a gente, que eram as questões orçamentárias, foram mantidas”.
Descartada a troca de líderes no Congresso
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), descartou que esteja em negociação uma troca dos líderes do Congresso. Segundo Jaques, haverá um reforço na articulação política, de maior envolvimento do governo com o Congresso, mas o senador não detalhou como se dará. O parlamentar também desconversou sobre eventuais mudanças ministeriais.