Japonês da Federal é condenado por contrabando e multado em R$ 200 mil
Newton Ishii, que ficou famoso na Lava Jato, foi condenado por facilitação de contrabando pela fronteira Brasil-Paraguai
atualizado
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O juiz Sérgio Luis Ruivo Marques, da 1ª Vara da Justiça Federal de Foz do Iguaçu (PR), condenou o ex-agente da Polícia Federal Newton Ishii e outras 23 pessoas pelo crime de facilitação de contrabando na fronteira entre Brasil e Paraguai.
Ishii ficou famoso ao escoltar presos da operação Lava Jato e virou meme e marchinha de Carnaval, conhecido como o “japonês da federal.”
Pelos crimes que a Justiça decidiu que ele cometeu quando trabalhou no posto da PF em Foz do Iguaçu, Ishii foi condenado a perda do cargo (que pode atingir a aposentadoria, já que ele deixou o serviço público) mais multa de R$ 200 mil.
A investigação começou em 2003, quando a PF deflagrou a Operação Sucuri, que mirou 28 pessoas, incluindo o japonês da federal. Eram 22 agentes da PF, quatro servidores da Receita Federal e dois policiais rodoviários federais. Dos 28, 24 foram condenados, incluindo Ishii, o único “famoso” do grupo.
Segundo a sentença, a conduta de Ishii foi de “extrema gravidade, com afronta direta à dignidade da função pública por ele exercida.”
“Há que se ressaltar que o réu Newton Hidenori Ishii é determinado, quando o assunto é cobrar propina para facilitar o contrabando/descaminho. No caso, escolheu o tipo de mercadoria que aceitaria facilitar e, ainda, fixou o preço da propina a ser cobrada pela omissão na atribuição de combater o crime que lhe foi conferida pelo Estado”, diz outro trecho.