Jantar que reuniu Lula e Alckmin teve críticas veladas a Moro
“Não se iludam com cantos de sereia, com essa história de combate à corrupção. Juiz não combate, juiz julga”, disse ex-advogado de Temer
atualizado
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São Paulo – O jantar realizado na noite do último domingo (19/12) que reuniu o ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin teve discursos críticos ao ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos).
Sem citar Moro, o advogado Antônio Claudio Mariz, que chegou a defender o ex-presidente Michel Temer, disse que os advogados não devem se iludir com a história de “combate a corrupção” e que “juiz não é punidor”.
“Não se iludam, advogados, com cantos de sereia, com essa história de combate à corrupção. Isso é uma balela, uma falácia, não se combate a corrupção através da punição. O juiz não é um punidor, o juiz não é um homem que está ali para punir e em punindo, combater. Juiz não combate, juiz julga. Então é uma outra balela que se procura vender para a sociedade brasileira que se vá eleger alguém que vá combater a corrupção”, afirmou Mariz em seu discurso, que homenageou Lula.
E acrescentou: “O combate à corrupção se faz por meio e através do combate às causas da corrupção, e não a seus efeitos. Punir é pós-crime, o crime já aconteceu. Que se puna, mas que não se ache que a punição irá combater a corrupção”.
O jantar foi realizado pelo grupo Prerrogativas, composto por advogados e juristas progressistas e contou com 500 convidados.
Além de Alckmin e Lula, estavam o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o ex-governador Márcio França, artistas e políticos de diversos partidos, como Gilberto Kassab (presidente nacional do PSD), os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL).