metropoles.com

Janja sobre PL do Aborto: “Ataca a dignidade das mulheres e meninas”

Janja se posicionou contra o Projeto de Lei (PL) nº 1.904/24, que equipara o aborto ao crime de homicídio

atualizado

Compartilhar notícia

Vinícius Schmidt/Metrópoles
Janja com auxiliares em visita à Praça dos Três Poderes - metrópoles
1 de 1 Janja com auxiliares em visita à Praça dos Três Poderes - metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, se manifestou, nesta sexta-feira (14/6), contra o Projeto de Lei (PL) nº 1.904/24, que equipara o aborto ao crime de homicídio. Pelas redes sociais, Janja mostrou preocupação de o projeto tramitar sem passar por discussões temáticas na Câmara dos Deputados.

“Os propositores do PL parecem desconhecer as batalhas que mulheres, meninas e suas famílias enfrentam para exercer seu direito ao aborto legal e seguro no Brasil. Isso ataca a dignidade das mulheres e meninas, garantida pela Constituição Cidadã. É um absurdo e retrocede em nossos direitos”, escreveu no X (antigo Twitter).

“A cada 8 minutos uma mulher é estuprada no Brasil. O Congresso poderia e deveria trabalhar para garantir as condições e a agilidade no acesso ao aborto legal e seguro pelo SUS. Não podemos revitimizar e criminalizar essas mulheres e meninas, amparadas pela lei. Precisamos protegê-las e acolhê-las”, continuou.

Janja, então, comparou as punições: “Isso quer dizer que uma mulher estuprada pode ser condenada a uma pena superior a de seu estuprador: a pena máxima para estupro é de até 10 anos, enquanto a de homicídio simples é de até 20 anos. É preocupante para nós, como sociedade, a tramitação desse projeto sem a devida discussão nas comissões temáticas da Câmara”.

Outras manifestações

Na segunda-feira (10/6), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se limitou a dizer que o Executivo entrará “em campo para que não entrem em pauta projetos que aticem a beligerância”, ao ser questionado sobre o PL do aborto.

Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, chamou o texto de “materialização jurídica do ódio que parte da sociedade sente em relação às mulheres; é uma lei que promove o ódio contra mulheres. Como pai, como filho, como cidadão, como jurista, como ministro de Estado eu não posso jamais me conformar com uma proposta nefasta, violenta e que agride as mulheres e beneficia estupradores”.

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, também se posicionou contra o projeto, que “representa retrocesso e desprezo pela vida das mulheres. Esse não é o Brasil que queremos”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?