Jandira Feghali fala de ameaças: “Me mandaram contar horas de vida”
Jandira Feghali ressaltou que tem recebido diversos comentários racistas e misóginos sobre sua aparência. Deputada diz ter denunciado casos
atualizado
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A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou, nesta terça-feira (26/9), que tem sido vítima de ameaças de morte e ataques racistas e misóginos devido a sua atuação na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1 no Congresso Nacional.
Segundo a deputada, pessoas chegaram a intimidá-la afirmando que ela deveria contar as horas restantes de vida. “São vários, inclusive mandam contar as horas que ainda tenho para viver. São ameaças de morte, à minha integridade física”, afirmou a parlamentar.
Ela também ressaltou que tem recebido diversos comentários preconceituosos sobre sua aparência. “Mandaram eu alisar o meu cabelo. Racismo, misoginia, ameaça à minha vida”, continuou. A deputada ressalta que já realizou denúncias junto às autoridades policiais.
Ela também pediu que pessoas que estimularam os atos sejam responsabilizadas. Jandira tem protagonizado embates com deputados da oposição. “Isso merece uma denúncia para que, não só os que estimularam, mas que os são autores das ameaças sejam identificados e punidos”, afirmou a parlamentar.
Ironia contra Jandira
Em agosto, o deputado bolsonarista Filipe Barros (PL-RJ) ironizou, durante os trabalhos da CPMI, a denúncia feita pela deputada Jandira de que o ex-presidente Jair Bolsonaro e a esposa dele, Michelle Bolsonaro, teria envolvimento em um suposto esquema com pedras preciosas. Em afronta, Barros defendeu o ex-presidente e comprou as supostas pedras recebidas por Bolsonaro para “presentear” a deputada.
“Eu, deputado Felipe Barros, pedi pra minha assessoria ir hoje ali na feirinha que tem ali na Esplanada dos Ministérios. Está aqui. Fiz questão de comprar. Um topázio que paguei R$ 280,00. Um citrino que eu paguei R$ 320,00 e uma prasiolita que eu paguei R$ 90,00. Eu gostaria, inclusive, de ofertar essas pedras para a deputada Jandira, mas que infelizmente não se faz presente. Mas eu acredito que ela não gostaria porque as pedras são da cor da bandeira do Brasil, ela prefere o vermelho do que a bandeira do Brasil”, disse.
Nesta terça, Jandira recebeu apoio do presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA) e de outros parlamentares. “Ela me mostrou algumas das ameaças que recebeu. São ameaça nojentas, de embrulhar o estômago”, disse o deputado Rogério Correia (PT-MG).