Jairinho, padrasto de Henry, nega ter agredido filha de ex-namorada
Ele prestou depoimento na 16ª DP (Barra da Tijuca) após ser preso com a mãe de Henry, Monique Medeiros, acusados da morte do menino
atualizado
Compartilhar notícia
Rio de Janeiro – O vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido) negou na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) as acusações de uma ex-namorada que alegou que ela e a filha, com 3 anos à época, foram agredidas por ele.
As declarações, segundo O Globo, foram prestadas na 16ª DP (Barra da Tijuca) na quinta-feira (8/4), pouco depois do parlamentar ser preso com a mulher, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva pela morte do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos.
Padrasto e mãe são acusados de homicídio duplamente qualificado e tortura.
Jairinho relatou que começou a se relacionar amorosamente com a cabeleireira em dezembro de 2010, por cerca de dois anos, com finalidade “sexual”. Ele diz que os encontros aconteciam em seu flat, no Recreio dos Bandeirantes, e na casa dela, em Bangu, bairros da zona este do Rio.
O vereador afirmou que o tratamento entre os dois se dava de forma “tranquila” e o único empecilho era o fato de a moça insistir para que ele se separasse da dentista Ana Carolina Ferreira Netto, mãe de dois dos seus três filhos.
Em relação à filha da mulher, o vereador disse que eles tinham uma relação “amistosa” e não mantinha com ela “grau de intimidade”, negando que tenha saído sozinho com a criança ou a levado a qualquer lugar que tivesse piscina — em depoimento, a mãe disse que a menina contou à avó materna que teve a cabeça afundada por ele embaixo da água de uma piscina.
Jairinho também contestou as informações de que teria torcido o braço dela, dado “mocas” (cascudos) em sua cabeça e colocado um saco em seu rosto para sufocá-la.
Caso Henry
De acordo com as investigações da 16ª DP (Barra da Tijuca) Jairinho batia em Henry. Dava chutes, rasteiras e pancadas na cabeça da criança. A mãe, professora de formação, tinha conhecimento das agressões desde, pelo menos, fevereiro, como mostraram trocas de mensagens entre Monique e a babá Thayna de Oliveira Ferreira.
Henry morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste. Segundo o pai do garotinho, Leniel Borel, ele e o filho passaram, normalmente, o fim de semana juntos. Por volta das 19h do dia 7, o engenheiro o levou de volta para a casa da mãe do menino, que morava com Jairinho.