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Jairinho chora e afirma que cogitou engasgo antes de Henry morrer

O ex-vereador prestou depoimento nesta segunda-feira (13/6); ele chegou a ser abraçado e consolado por seu advogado

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Advogado de defesa, Cláudio Dalledone, abraça Dr. Jairinho durante depoimento sobre a morte do menino Henry Borel no Rio de Janeiro
1 de 1 Advogado de defesa, Cláudio Dalledone, abraça Dr. Jairinho durante depoimento sobre a morte do menino Henry Borel no Rio de Janeiro - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – Durante o interrogatório de Jairinho, no plenário do II Tribunal do Júri nesta segunda-feira (13/6), o ex-vereador afirmou que pensou que Henry tivesse se engasgado na madrugada de 8 de março, dia em que a criança morreu e estava com mãos e pés frios.

“Eu fui acusado, como médico, de não prestar socorro. Eu acho muito mais viável, na minha opinião, encaminhar ao hospital, ainda mais quando se mora a 5 minutos do hospital. Eu imaginava que ela tinha engolido alguma coisa. Eu tento de maneira instintiva fazer o socorro. Foi uma situação de muito pânico. O fato é que, assim que aconteceu o ato, assim que vimos o Henry passando mal, levamos para o hospital. O Henry teve um pronto-atendimento”, alegou.

O ex-político também chorou ao dizer que é inocente. “Toda noite, às 21h, combino com a minha família, meus filhos, para fazer uma oração para que a verdade apareça”, explicou. “Houve uma submissão da verdade.” Em certo momento, chegou a ser abraçado por seu advogado.

Jairinho afirmou também que um pneumotórax (ar livre na cavidade pleural), mostrado em um raio-X na última audiência, em 1º de junho, quando dois peritos foram ouvidos, teria sido a causa da morte do enteado.

“[O pneumotórax] desautoriza a causa mortis como laceração hepática. Não tem como dizer pulmão contundido e, sim, um pulmão colapsado. Não tem como ser as duas coisas juntas. O pneumotórax do Henry era tamanho que deslocou o coração para o lado direito”, alegou.

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Jairinho depõe no TJRJ. Ele é réu, acusado de ter matado o menino Henry Borel
Advogado de defesa, Cláudio Dalledone, abraça Dr. Jairinho durante depoimento sobre a morte do menino Henry Borel no Rio de Janeiro
Talita Santos, irmã do Dr Jairinho, e advogados.
Dr. Jairinho participou remotamente de dentro do presídio.
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Dr. Jairinho participou remotamente de dentro do presídio.

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Jairinho foi interrogado no dia 13 de junho, no TJRJ

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Ele também disse que, no dia da morte da criança, as famílias dele, de Monique Medeiros e de Leniel Borel viram Henry sem roupa no hospital. “Ninguém falou em marcas de maus-tratos”, assegurou.

Jairinho alegou que, se houvesse algum sinal de maus-tratos, isso seria percebido logo na entrada do hospital Barra D’Or. “Vocês entram no hospital com uma criança passando mal. Caso essa criança tivesse algum sinal de agressão, algum sinal de violência, isso não seria visto prontamente? Óbvio que sim. É protocolo. Eu não seria atendido pelas médicas, eu seria atendido pela polícia”

Ainda na parte da tarde, o médico afirmou que não sabe como o perito legista do IML Leonardo Huber Tauil e o delegado Henrique Damasceno, que moveu o caso, “colocam a cabeça no travesseiro e dormem”.

O caso

Jairinho e Monique Medeiros são acusados de homicídio triplamente qualificado com emprego de tortura pela morte do menino Henry Borel, de 4 anos. O ex-vereador está preso há mais de um ano, e Monique, se vê em regime domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica desde o dia 4 de abril.

Antes, o casal alegava acidente doméstico como causa da morte de Henry. Versão esta que foi confrontada com o laudo pericial, que apontou 23 lesões no corpo da criança e hemorragia interna causada por ação contundente.

De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a morte de Henry foi causada por laceração hepática por ação contundente.

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