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“Vacina é do Brasil, não é de nenhum governador”, diz Bolsonaro

Presidente se manifestou pela primeira vez sobre a aprovação do uso emergencial de vacinas contra a Covid-19

atualizado

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Bolsonaro passeia de moto no domingo
1 de 1 Bolsonaro passeia de moto no domingo - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em primeiro comentário sobre a aprovação para uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse a apoiadores nesta segunda-feira (18/1) que a vacina é do Brasil e tentou desvinculá-la do governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

“A Anvisa aprovou, não tem o que discutir mais. Havendo a disponibilidade no mercado, a gente vai comprar e vai atrás de contratos que fizemos também, que era para ter chegado a vacina aqui. Então, tá liberado a aplicação no Brasil e a vacina é do Brasil, tá? Não é de nenhum governador não, é do Brasil”, disse ele.

No domingo (17/1), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso emergencial de duas vacinas: a Coronavac, desenvolvida no Brasil pelo farmacêutica chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, e a vacina de Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Imediatamente após a autorização da agência reguladora, o governo paulista vacinou a primeira brasileira em território nacional. A enfermeira Mônica Calazans, 54 anos, foi vacinada na tarde de domingo.

Em coletiva à imprensa, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, criticou o governador João Doria e chamou a ação de “jogada de marketing”.

“O Ministério da Saúde tem em mãos, neste momento, as vacinas, tanto do Butantan quanto da AstraZeneca. Nós poderíamos, tanto num ato simbólico quanto numa jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa, mas em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso. Não faremos uma jogada de marketing”, disse o ministro.

Por diversas vezes, o presidente questionou a eficácia do imunizante desenvolvido pelo Butantan e chegou a dizer que o governo federal não compraria “a vacina chinesa”. Os questionamentos fazem parte da estratégia de antagonizar com o tucano João Doria, que pode ser seu principal adversário na disputa presencial de 2022.

A conversa de Bolsonaro com simpatizantes foi registrada em um vídeo de um canal simpático ao presidente no YouTube. A gravação possui cortes.

5 imagens
Chegada do primeiro lote da Coronavac, em novembro do ano passado, foi de 120 mil doses
Primeiras 120 mil doses da Coronavac chegaram ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no dia 19 de novembro
O lote saiu da China no dia 16 de novembro
Os imunizantes seguiram, com escolta, para o Instituto Butantan
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, e o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas

Governo de São Paulo/Divulgação
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Chegada do primeiro lote da Coronavac, em novembro do ano passado, foi de 120 mil doses

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Primeiras 120 mil doses da Coronavac chegaram ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no dia 19 de novembro

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O lote saiu da China no dia 16 de novembro

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Os imunizantes seguiram, com escolta, para o Instituto Butantan

 

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