Para Bolsonaro, ações contra pandemia são “neurose” e “histeria”
O presidente disse ainda não estar preocupado com a possibilidade de infecção: “Isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde”
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro disse, neste domingo (15/03), em entrevista à CNN Brasil, que os brasileiros não podem entrar em uma “neurose”, como se fosse o “fim do mundo” a pandemia de coronavírus, contrariando todas as recomendações do Ministério da Saúde para evitar aglomerações e, com isso, amenizar a curva de infecção pelo coronavírus.
“O povo resolveu ir às ruas e eu resolvi ir ver o que estava acontecendo”, disse o presidente.
Ao falar sobre a possibilidade de ser infectado ou também repassar o vírus, Bolsonaro respondeu não estar preocupado com essa questão. “Não estou preocupado com isso, tomo as minhas devidas precauções”, afirmou. “Isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde. Não podemos entrar em uma neurose como se fosse o fim do mundo”, completou Bolsonaro.
O presidente ainda classificou como “histeria” os cancelamentos de eventos públicos como jogos de futebol e reclamou de que alguns querem colocar “irresponsavelmente” a culpa do contágio do coronavírus nele. “Alguns, irresponsavelmente, querem colocar a culpa em mim”, disse o presidente.
Bolsonaro ainda desafiou os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a fazerem como ele e também saírem às ruas. Disse ainda que os acordos políticos não podem ser feitos “no ar-condicionado dos gabinetes” e, sim, com a população.
“Saiam às ruas. Nós, políticos, somos escravos da vontade popular”, desafiou Bolsonaro.