“Não queiram colocar no meu colo”, diz Bolsonaro, sobre desemprego
Em mais um recado aos governadores, presidente reclama que isolamento social provocará onda intensa de fechamento de postos de trabalho
atualizado
Compartilhar notícia
Em mais um capítulo da troca de acusações com os governadores, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) responsabilizou os gestores por “uma onda de desemprego enorme” por conta das medidas de distanciamento social adotadas pelos estados para prevenir o novo coronavírus.
“O Supremo Tribunal Federal decidiu que governadores e prefeitos são responsáveis por essa política, inclusive a de isolamento. Agora está vindo uma onda de desemprego enorme aí. Enorme, dos formais e de empregos informais também. Não queiram colocar no meu colo. Isso compete aos governadores, a solução desses problemas que está (sic) acontecendo quase que no Brasil todo”, afirmou a apoiadores neste domingo (07/06), em frente ao Palácio da Alvorada.
A frase foi dita em resposta a uma apoiadora que acusou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de mentir sobre a lotação dos hospitais públicos.
Respiradores
Ainda em conversa com os apoiadores, o presidente foi questionado sobre a prisão de um secretário de Estado por desvio de dinheiro na compra de aparelhos respiradores. “Roberto Jefferson fala em Covidão”, ironizou.
As medidas de prevenção ao coronavírus têm sido tema de discórdia entre o Executivo federal e os governadores. Enquanto vários chefes estaduais adotam medidas de isolamento social, como o fechamento do comércio e o lockdown, Bolsonaro quer a volta das atividades econômicas.
Encontros políticos
Após pedir que manifestantes pró-governo não ocupassem as ruas neste domingo, o presidente permaneceu na residência oficial durante toda a manhã, mas manteve vários encontros políticos. Recebeu o líder do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), o deputado Hélio Negão (PSL-RJ) e os ministros Augusto Heleno (GSI) e general Fernando Azevedo e Silva (Defesa).
Em uma rápida saída para cumprimentar os apoiadores – entre eles um grupo de motociclistas do DF, Bolsonaro estava sem máscara.
