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Bolsonaro sobre queda da Petrobras na bolsa: “O mercado decide”

Antes mesmo do anúncio na troca do comando da estatal, ações da empresa caíram mais de 6%. Mercado teme interferência política do governo

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Bolsonaro imposto e combustivel 5
1 de 1 Bolsonaro imposto e combustivel 5 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Questionado se a queda nas ações da Petrobras na Bolsa preocupa o governo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou neste sábado (20/2) que o mercado decide a questão e voltou a repetir que não interfere na estatal petrolífera. Com o capital aberto na Bolsa, a Petrobras tem como sócio majoritário o governo federal.

“A Petrobras é uma empresa mista, né. Se cair ou subir as ações, o mercado decide. Eu não interfiro na Petrobras”, disse ele após agenda em Campinas (SP).

Na sexta-feira (19/2), antes mesmo do anúncio oficial da troca de comando na Petrobras, as ações preferenciais da Petrobras recuaram mais de 6%, enquanto as ordinárias caíram 7,50%.

Como a companhia é a de maior peso no mercado de ações, o que acontece com ela tem consequências para muitas outras empresas. Na sexta, o principal índice da Bolsa fechou em queda de 0,64%, a 118.420 pontos. A semana teve um recuo de 0,84%.

Após o fechamento da Bolsa, Bolsonaro anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna para o comando da empresa, em substituição a Roberto Castello Branco.

Bolsonaro tem sido pressionado por caminhoneiros, que o apoiam desde a eleição de 2018, e vem defendido uma redução no preço dos combustíveis para atender a categoria. Uma das medidas adotadas pelo presidente foi a redução a zero do Pis/Cofins sobre o diesel. Por se tratar de renúncia de arrecadação, o governo é obrigado, pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a apresentar uma fonte de compensação, o que ainda não ocorreu.

A Petrobras segue uma política de preços que acompanha as variações do mercado internacional, considerando o barril do petróleo e a cotação do dólar. Bolsonaro, porém, defende que os altos preços dos combustíveis não se justificam.

“Se eu não me engano, o reajuste do diesel no corrente ano está em 32%. Não justifica, não justifica. Eu vou interferir? Não vou interferir, mas não justifica.”

O presidente também comentou neste sábado a alta da inflação e culpou as políticas de fechamento do comércio pelo problema.

“Eles atacam a economia agora para me atingir. Sabemos da inflação que está havendo nos produtos da cesta básica, em especial, mas vem da política do fica em casa”, disparou.

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