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Ao anunciar teste de Covid-19, Bolsonaro fala “hidroxicloroquina” 17 vezes

(M)Dados contou todas as palavras usadas pelo presidente durante a entrevista que concedeu no Palácio da Alvorada

atualizado

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1 de 1 BOLSONARO-POSITIVO - Foto: Reprodução/CNN

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) revelou, nesta terça-feira (7/7), que testou positivo para coronavírus. Para anunciar o diagnóstico, o chefe do executivo convocou uma entrevista coletiva na área externa do Palácio da Alvorada. A palavra mais usada na conversa foi substantivo “vírus”, seguido por “hidroxicloroquina”, remédio sem eficácia comprovada cientificamente no combate à Covid-19.

O (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, transcreveu o discurso e analisou os resultados com a linguagem de programação Python. A entrevista durou pouco mais de 20 minutos e o presidente usou em média 3 mil palavras.

Para formular as frases, o presidente repetiu 721 verbos, conjunções e outros termos comuns mas com pouco significado semântico. No topo da lista, estão o substantivo “vírus” usado 17 vezes por Bolsonaro e “hidroxicloroquina” reproduzida em 16 ocasiões. Assim, a cada 22 palavras da entrevista, uma dessas duas era utilizada. “Médico” apareceu dez vezes na coletiva  e “vida” foi falada em oito oportunidades.

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O presidente fez o anúncio para três emissoras, enquanto outras não foram convidadas
Bolsonaro ainda comentou que está fazendo uso da hidroxicloroquina
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Bolsonaro já testou positivo para o novo coronavírus e disse ter tomado cloroquina no tratamento

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O presidente fez o anúncio para três emissoras, enquanto outras não foram convidadas

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Bolsonaro ainda comentou que está fazendo uso da hidroxicloroquina

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Hidroxicloroquina
A hidroxicloroquina, como concluiu a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem pouca ou nenhuma eficácia no combate à Covid-19. O presidente Bolsonaro, inclusive, reconheceu na entrevista que o remédio “não tem comprovação científica ainda”.

O medicamento virou assunto no Brasil em 19 de março, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu a substância. Pouco depois, em 29 de março, Bolsonaro endossou publicamente a molécula.

Uma das suas principais ações nesse sentido foi determinar que o Exército produzisse a cloroquina. Desde então, 1,250 milhão de comprimidos foram sintetizados pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEx).

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