Jacarezinho: famílias lembram operação e querem memorial para mortos
Um mês após ação policial que resultou na morte de 27 acusados e um policial, parentes se reúnem com entidades para caso não ser esquecido
atualizado
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Rio de Janeiro – Cobrança de uma investigação rigorosa e pedido para a criação um memorial em homenagem aos mortos marcaram o encontro entre familiares e representantes da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa e outras entidades no Jacarezinho, zona norte, na manhã deste domingo (6/6).
A data marca um mês da operação na comunidade que resultou na morte de 27 acusados de envolvimento com o tráfico de drogas e o policial civil André Frias. A ação é considerada a mais letal da história do estado.
“A ideia é construir um memorial em homenagem aos mortos para que o caso não caia no esquecimento”, afirmou a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, Dani Monteiro (PSol), da Alerj.
De acordo com deputada, as comissões de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania e de Segurança da Alej vão fazer um relatório sobre o caso. “A gente fez um grupo de trabalho, fazemos o atendimento às famílias. Mas também vamos acompanhar a investigação do Ministério Público”, afirmou.
O Supremo Tribunal Federal debate a redução da letalidade nas operações policias em comunidades. A Corte determinou que só devem ocorrer em caráter excepcional, desde junho de 2020, mas, desta data até março, houve mais de 500 operações. O ministro Edson Fachin quer que o Ministério Público Federal apure a ação no Jacarezinho.