Izalci sobre apoio de Aécio a Pacheco: “Defesa natural de Minas”
Em entrevista ao Metrópoles, Izalci comentou nota de colegas de partido. “Se eu fosse de mineiro, talvez tivesse feito uma notinha também”
atualizado
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Líder do PSDB no Senado Federal, Izalci Lucas (PSDB-DF) rebateu a nota divulgada pelos deputados federais Aécio Neves (PSDB-MG) e Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) em apoio à reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na Presidência da Casa.
Em entrevista à coluna Igor Gadelha, do Metrópoles, Izalci havia declarado voto ao bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN). Nesta terça-feira (31/1), os correligionários divulgaram um comunicado afirmando que a posição do líder do PSDB no Senado é pessoal, e não partidária. Segundo Aécio, que já foi senador, Izalci não discutiu o assunto “de forma mais ampla com o partido”. O senador respondeu à nota durante conversa com o Boletim Metrópoles.
“Os dois são de Minas Gerais e fizeram uma defesa natural, normal, do estado. A posição que tomamos aqui foi uma posição do Senado. O Alessandro [Vieira] também vai votar no Rogério. O Plínio [Valério] já tinha manifestado voto no Girão”, afirmou o tucano.
“Se eu fosse de mineiro, talvez tivesse feito também uma notinha. Mas aqui estamos falando em nome do Senado. Eu jamais soltei qualquer nota ou manifestação em nome de deputado ou nome do partido, sempre falei em nome da liderança do PSDB”, prosseguiu.
Durante a entrevista, o senador reafirmou o voto em Marinho e criticou a gestão de Pacheco na presidência da Casa. “O Pacheco teve oportunidade, não tenho nada contra ele, mas acho que poderia ter avançado mais. Nós perdemos o protagonismo não só para o Judiciário, mas também para o Executivo”, argumentou.
“Na ciência e tecnologia mesmo, muitas coisas que nós aprovamos depois veio uma medida provisória mudando. Tudo que era aprovado era questionado no Supremo. Então, realmente, não fez o que tinha que ser feito.”
Outro lado
Nesta terça, o Boletim Metrópoles também conversou com o senador Cid Gomes (CE), líder do PDT no Senado. A sigla manifestou apoio à reeleição de Pacheco. A posição foi reafirmada pelo cearense durante a entrevista. “A postura democrática do presidente [Pacheco] é muito mais parecida com a nova liderança do executivo nacional [Lula]”, defendeu.
Questionado sobre a possibilidade de uma eventual vitória de Marinho mexer com a relação entre os Poderes, Gomes rejeitou a ideia.
“A ponderação é a marca do Senado. Eu não acredito que a vitória do Marinho faça alguma mudança. O sentimento predominante aqui é o respeito à democracia”, pontuou. “A vitória dele é como se fosse de Jair Bolsonaro. A meu ver, é zero a possibilidade de o Bolsonaro ganhar alguma coisa aqui no Senado”, continuou.
Confira as entrevistas: