Itapemirim precisou devolver aviões por falta de pagamento, diz site
Empresa aérea anunciou suspensão das atividades em 17 de dezembro e teria atrasado pagamento. Em nota, a organização nega
atualizado
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Depois da suspensão das atividades em 17 de dezembro, a Itapemirim Transportes Aéreos passa por mais um capítulo conturbado. A empresa teria devolvido, nesta semana, duas de suas aeronaves para a estadunidense DCAL 2 Leasing Limited, por falta de pagamento.
As informações são do Congresso em Foco. Um dos aviões, o PS-SFC, teria partido do Aeroporto Internacional de Brasília nesta quarta-feira (19/1) para o Aeroporto Internacional de Tucson, onde ficará armazenado. Já a outra aeronave, PS-ITA, estaria nos Estados Unidos desde ontem.
A DCAL 2 Leasing Limited teria solicitado as embarcações de volta depois de falta de pagamento. A Itapemirim está proibida de voltar a vender bilhetes de viagens, de acordo com decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A medida é válida até que a empresa faça a reacomodação de passageiros, o reembolso integral da passagem aérea a quem optou por esta alternativa e resposta a todas as reclamações feitas pelo site Consumidor.gov.br.
Em nota, a empresa negou que as aeronaves foram devolvidas e que o pagamento do leasing dos aviões está em dia. O motivo do deslocamento das embarcações seria uma manutenção. As aeronaves têm previsão de retorno ao país em fevereiro.
Processos trabalhistas
Antes de suspender bruscamente seus serviços, a Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) respondia a pelo menos três processos trabalhistas por atraso de salários e benefícios. Em 17 de dezembro, a ITA interrompeu seus serviços e perdeu a autorização para voar. O Ministério da Justiça e o Procon de São Paulo abriram investigações contra a companhia aérea.
Com apenas seis meses de operação, a ITA já era alvo de três processos na Justiça do Trabalho em São Paulo movidos pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa os profissionais que trabalham a bordo dos aviões, como comissários e comandantes.
Uma ação questiona o atraso no pagamento de salários; outra, o cancelamento do convênio médico; a terceira pede o pagamento de diárias e do vale-alimentação.