Itamaraty sobre assassinato de Villavicencio: “Profunda consternação”
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, também lamentou a morte de Villavicencio nas redes sociais, e anunciou estado de exceção
atualizado
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O Ministério das Relações Exteriores do Brasil lamentou o assassinato do candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio, ocorrido na quarta-feira (9/8). Por meio de nota, o Itamaraty disse ter tomado conhecimento do caso com “profunda consternação”.
O Itamaraty afirmou ainda acreditar que os responsáveis pelo crime serão identificados e levados à Justiça, e transmitiu as devidas condolências tanto à família do candidato quanto ao povo equatoriano, que perde um de seus nove concorrentes à presidência do Equador.
Confira a íntegra da nota do Itamaraty
“O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação, do assassinato, na tarde de hoje, 9 de agosto, em Quito, de Fernando Villavicencio, candidato às eleições presidenciais no Equador. Ao manifestar a confiança de que os responsáveis por esse deplorável ato serão identificados e levados à justiça, o governo brasileiro transmite suas sentidas condolências à família do candidato presidencial e ao governo e povo equatorianos”
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, também lamentou o ocorrido: “Indignado e chocado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à esposa e filhas. Pela sua memória e pela sua luta, garanto-vos que este crime não ficará impune”. Ele decretou luto oficial de três dias, manteve as eleições e anunciou estado de exceção no país.
Sobre Fernando Villavicencio
Fernando Villavicencio foi assassinado a tiros em Quito, na noite da quarta-feira (9/8). O candidato fazia um comício político no Colégio Anderson, quando foi atingido pelos disparos. Segundo pesquisa publicada pelo jornal El Universo, Fernando Villavicencio aparecia como 5º colocado na corrida pelo Palácio de Carondelet, sede do governo. Ele era conhecido por apoiar as causas indígenas e trabalhistas e era, antes de tudo, um jornalista investigativo.
Durante seu ofício como jornalista, ele denunciou grandes esquemas de corrupção, em especial os que envolvem o ex-presidente equatoriano Rafael Correa.