Itamaraty remove embaixador de cargo após denúncias de assédio sexual
O afastamento foi oficializado por meio de uma portaria publicada em 13 de março
atualizado
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O Itamaraty removeu o embaixador João Carlos de Souza-Gomes do cargo até então ocupado por ele na Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). O diplomata representava o país junto ao órgão internacional, em Roma, e responde a um processo administrativo (PAD) por assédio sexual. Souza-Gomes teria abusado de colegas de trabalho.
Com isso, o embaixador retornará ao quadro de servidores do Ministério das Relações Exteriores (MRE) em Brasília. A decisão é importante, pois significa que ele não voltará a chefiar, na Itália, as mulheres que o denunciaram.
“O afastamento de um embaixador dessa envergadura que responde a denúncias de assedio é fato inédito. Esperamos que se torne corriqueiro. Entretanto, vale lembrar que o PAD não terminou e que remoção não é punição. Seguimos atentos”, afirmou Ernando Neves, presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty).
O Itamaraty não quis comentar sobre a remoção de Souza-Gomes do cargo.