metropoles.com

Itamaraty reage a “tom ofensivo” da China contra Eduardo Bolsonaro

Declaração da que o deputado teria que “arcar com as consequências” de suas críticas foi duramente criticada pelas Relações Exteriores

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Itamaraty1
1 de 1 Itamaraty1 - Foto: null

O Ministério das Relações Exteriores tomou as dores do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e reagiu às críticas feitas pela China ao filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que, anterioremente, havia acusado o Partido Comunista chinês da prática de espionagens cibernéticas.

Nessa terça-feira, em nota na web, os diplomatas chineses pediram que o parlamentar “cesse as desinformações e calúnias” e enfatizaram: “Caso contrário, vão arcar com as consequências negativas e carregar responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil”.

Nesta quarta-feira (25/11), num tom bem acima do diplomático, o Itamaraty enviou uma carta à Embaixada da China no Brasil onde, entre outros pontos, diz: “Não é apropriado aos agentes diplomáticos da República Popular da China do Brasil tratarem dos assuntos da relação Brasil-China atrávés das redes sociais”. As informações são do jornalista Caio Junqueira, da CNN.

De acordo com a nota, o fato de a manifestação da China contra Eduardo ter sido feita através das redes sociais “não é construtivo, cria fricções completamente desnecessárias e apenas serve aos interesses daqueles que, porventura, não desejam promover as boas relações entre Brasil e China”.

Para o Itamaraty, o tom “ofensivo e desrespeitoso” com o qual a declaração chinesa se referiu ao deputado “prejudica a imagem da China junto à opinião pública brasileira”.

Aspirações e interesses

O documento das Relações Exteriores ainda aponta que não cabe à Embaixada da China opinar sobre as aspirações e interesses da sociedade brasileira, “assim como a Embaixada do Brasil na República Popular da China se abstém de opinar sobre as aspirações e interesses da China”.

O ministério ainda resssalta que o Brasil deseja manter e promover as “excelentes relações” entre ambos os paises. Mas dá um novo puxão de orelhas nos diplomatas chineses: “Desrespeitar a diversidade de pensamento e opinião existente no Brasil, garatida por nossa Constituição democrática e por nossa legislação, não contribui para o avanço das relações”.

Clean Network

Em postagem nas redes sociais. posteriormente apagada por Eduardo Bolsonaro, ele afirmou que o Brasil irá aderir a um programa de tecnologia que “pretende proteger seus participantes de invasões e violações às informações particulares de cidadãos e empresas”. Eduardo se referia ao programa Clean Network, do governo federal.

Sem provas, o filho do presidente Bolsonaro disse que as espionagens cibernéticas “ocorrem em entidades classificadas como agressivas e inimigas da liberdade, a exemplo do Partido Comunista da China”.

As declarações não repercutiram positivamente. Em nota, os representantes chineses afirmaram que a fala de Eduardo “não são condignas com o cargo de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Isso é totalmente inaceitável e manifestamos forte insatisfação e veemente repúdio a esse comportamento”, reforçou a nota.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?