metropoles.com

Itamaraty muda postura e critica ida de ministro de Israel a Jerusalém

A visita do chanceler de Israel a mesquita Al-Aqsa, onde somente muçulmanos têm entrada livre, gerou críticas da comunidade internacional

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Twitter
Flh5NyxWQAA3hmo
1 de 1 Flh5NyxWQAA3hmo - Foto: Reprodução/Twitter

Nos primeiros dias de governo Lula (PT), o Ministério das Relações Exteriores demonstrou a primeira mudança de postura em relação a política externa do Brasil, como prometido pelo ministro Mauro Vieira.

Em comunicado divulgado na noite de terça-feira (03/01), o Itamaraty criticou a visita do ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, a mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém.

O local é considerado sagrado para o islamismo e judaísmo, porém, acordos preveem que somente somente muçulmanos possuem entrada livre e podem realizar adorações no lugar. A visita foi vista pela comunidade árabe como uma provocação, além de um agravamento das tensões na região após Benjamin Netanyahu assumir um novo mandato como primeiro-ministro de Israel em um governo de coalizão de direita ultranacionalista. 

“Brasil acompanhou com grande preocupação a incursão do Ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, na Esplanada das Mesquitas (“Haram-El-Sharif”), em Jerusalém, na manhã de hoje, 03/01”, diz o comunicado divulgado Itamaraty.

A crítica acontece depois de promessa do diplomata Mauro Vieira ao assumir o comando do Itamaraty. Durante sua posse como ministro, Vieira afirmou que o Brasil retomaria o pragmatismo e neutralidade em relação a questão da Palestina, diferentemente da postura do governo anterior. Durante a gestão Jair Bolsonaro (PL), o Brasil se alinhou diversas vezes com Israel, e o então presidente chegou até mesmo a ensaiar uma transferência da embaixada brasileira de Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, causando polêmica entre a comunidade árabe.

“À luz do direito internacional e tendo presente o status quo histórico de Jerusalém, o governo brasileiro considera fundamental o respeito aos arranjos estabelecidos pela Custodia Hachemita da Terra Santa, responsável pela administração dos lugares sagrados muçulmanos em Jerusalém, tal como previsto nos acordos de paz entre Israel e a Jordânia, em 1994. Ações que, por sua própria natureza, incitam à alteração do status de lugares sagrados em Jerusalém constituem violação do dever de zelar pelo entendimento mútuo, pela tolerância e pela paz”, afirma o Itamaraty.

A visita do ministro israelense em Jerusalém provocou a reação da comunidade internacional. Nesta quarta-feira (04/01), Emirados Árabes Unidos e China convocaram uma reunião no Conselho de Segurança da ONU, que deve acontecer na quinta-feira (05/01), segunda agências internacionais.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?