Itamaraty lamenta morte de Desmond Tutu: “Lutou pela igualdade racial”
Arcebispo sul-africano vencedor do Prêmio Nobel da Paz por sua luta não violenta contra o Apartheid na África do Sul morreu no domingo
atualizado
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O Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou, no início da noite desta segunda-feira (27/12), nota de pesar e condolências pelo falecimento do arcebispo sul-africano Desmond Tutu, que morreu na madrugada desse domingo (26/12), aos 90 anos.
Figura central na luta contra o sistema governamental de segregação racial chamado apartheid, que vigorou na África do Sul entre 1948 e 1994, Tutu recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1984 e presidiu a Comissão de Verdade e Reconciliação no país.
“Ao longo de sua vida, Tutu lutou pela promoção da igualdade racial e pela reconciliação dos sul-africanos”, reconheceu o Itamaraty na nota.
O governo brasileiro estava sofrendo algumas críticas de analistas de política externa por não ter solidarizado antes com os conterrâneos de tão importante figura histórica. Como contraponto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou ainda no domingo, dizendo que Tutu foi “um exemplo de fé, perseverança e compaixão na luta contra o apartheid, ao lado de Nelson Mandela e do CNA” e que “sua vida deixa um legado de luta por justiça social e racial para todo o mundo”.
Veja a íntegra da nota do Itamaraty (também publicada no site oficial do órgão):
“Nota nº 184
27 de dezembro de 2021
Falecimento de Desmond Tutu
O Governo brasileiro tomou conhecimento, com grande pesar, do falecimento do arcebispo sul-africano Desmond Tutu, ocorrido no último dia 26 de dezembro.
Desmond Tutu foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, em 1984, por sua luta contra o apartheid na África do Sul. Ao longo de sua vida, Tutu lutou pela promoção da igualdade racial e pela reconciliação dos sul-africanos.
O governo brasileiro transmite ao governo e ao povo da África do Sul suas mais sinceras condolências”.