“Isso aqui não vai virar circo”, diz juíza após bate-boca em julgamento do caso Henry
Promotor e advogado da mãe do garoto, Monique Medeiros, protagonizaram uma discussão no primeiro dia de audiência
atualizado
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Rio de Janeiro – O promotor Fábio Oliveira e o advogado de Monique Medeiros, Thiago Minagé, protagonizaram um bate-boca na primeira sessão do julgamento sobre o caso da morte do menino Henry, nesta quarta (6/10), no 2º Tribunal de Justiça, no Rio de Janeiro.
A defesa da mãe do do menino Henry pediu a palavra à juíza Elizabeth Louro Machado, no momento em que o delegado Edson Henrique Damasceno revelou que ela e seu então companheiro, o ex-vereador e médico Jairinho, ficaram muito à vontade na primeira vez que foram delegacia para falar sobre o pequeno, morto em 8 de março.
“Monique se mostrou muita à vontade. Ela é Jairinho comeram pizza na delegacia. Jairo fez brincadeiras, como ‘minha minha mulher está na sala com três homens’”, relatou Damasceno. Ainda na unidade, a mulher também tirou uma selfie e postou nas redes sociais.
Na audiência, o promotor perguntou, então, se Monique colocava “panos quentes” nas agressões praticadas por Jairinho contra Henry. Neste momento, o advogado protestou: “Não vou aceitar firulas”, disse Minagé, e começou uma discussão.
A juíza se mostrou, então, enfática: “Isso aqui não é CPI”, afirmou a magistrada ao dirigir-se a Minagé. E acrescentou: “Isso aqui não vai virar circo”, alertou.
Sem ação
A falta de tentativa de ressuscitação do menino Henry Borel por parte do padrasto chamou a atenção do delegado Edson Henrique Damasceno, durante depoimento da primeira audiência nesta quarta (6/10).
“Não há o que se falar sobre a tentativa de reanimação em relação ao Jairo. Além de dizer em depoimento que ele nunca fez, as imagens do elevador mostram somente ele soprando a boca do menino”, afirmou o policial, quando foi interpelado sobre a gravação que mostra Jairinho com Monique e Henry, quando o casal levava o menino ao Hospital Barra D’Or, onde o pequeno já chegou sem vida.
“Isso não parece para mim que sou leigo e não fiz o curso todo de Medicina nem para ele que seria um procedimento de reanimação”, disse.