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Irmão de tesoureiro do PT acredita que assassinato foi “ato político”

O petista foi assassinado no último sábado (9/07), enquanto comemorava 50 anos de idade

atualizado

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Briga que levou à morte de morte de Marcelo Arruda
1 de 1 Briga que levou à morte de morte de Marcelo Arruda - Foto: Reprodução

Durante um ato pela paz, neste domingo (17/7), Luiz Donizete, irmão de Marcelo Arruda — guarda municipal e tesoureiro do PT assassinado no último sábado (9) –, disse acreditar que o crime foi um “ato político”. No entanto, a Polícia Civil do Paraná, concluiu no inquérito que a morte do petista não teve motivação política.

“Aquele camarada [Jorge Guaranho] chegou lá e só teve aquela reação maldita porque viu um movimento diferente do dele. E qual é o problema de o Marcelo ter um movimento diferente de qualquer outra pessoa?”, questionou. “A gente tem que ter um Brasil único, de brasileiros, que queiramos viver em paz”, completou.

Luiz Donizete foi um dos irmãos da vítima que recebeu ligação do presidente Jair Bolsonaro (PL) os convidando para uma coletiva de imprensa, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Segundo a coluna do Noblat, do Metrópoles, Donizete chegou a exigir condições para que o encontro acontecesse. “Eu quero que ele faça um pronunciamento pregando a paz, e reconhecendo que meu irmão foi vítima naquela situação”, afirmou.

A viúva de Marcelo, Pâmela Suelen Silva, pontuou que espera por justiça e que conta com a união da família. “É uma família humilde, mas muito unida e com muito amor.”

“Eu não desejo a ninguém essa dor que estamos sentindo. Não sei como vai ser daqui para frente com os meus filhos. O Pedro tem 45 dias e não vai ter nem a chance de ter convivido com o pai. Eu só peço por justiça pelo nome do Marcelo, pela história que ele teve, e pela família do Marcelo, que não pode ser desvinculada do nome”, disse Pâmela durante o ato.

Entenda o caso

O guarda municipal Marcelo Arruda, candidato a vice-prefeito nas últimas eleições, foi assassinado a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos, ocorrida na noite de sábado (9), em Foz do Iguaçu (PR). A festa tinha como tema o PT e fazia várias referências ao ex-presidente e pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo relatos, por volta das 23h, Jorge Guaranho, que se declara apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), invadiu a festa e atirou em Marcelo, que revidou. A confraternização era promovida na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresfi). A festa tinha poucos convidados — cerca de 40 pessoas.

Relatos ainda apontam que o policial penal entrou na festa gritando o nome de Bolsonaro e “mito”. Houve uma rápida discussão, e o homem chegou a sacar a arma e ameaçou a todos. Logo depois, ele saiu, dizendo que voltaria para matar todo mundo”. Minutos depois, o agente penitenciário chegou atirando no guarda municipal.

Inicialmente, a Polícia Civil informou que o atirador, o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, tinha morrido após Marcelo revidar. Contudo, às 16h40, em coletiva de imprensa, a delegada Iane Cardoso informou que a polícia errou: o agressor estava vivo e foi levado ao hospital. Até a última atualização desta reportagem, ele estava internado.

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