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Irmã de Marielle Franco desabafa: “Sangue derramado será vingado”

Polícia Federal apura denúncias de que uma organização criminosa estaria atrapalhando as investigações sobre o caso.

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Anielle Silva, irmã de Marielle Franco, desabafou após denúncias sobre obstrução nas investigações a respeito do assassinato da vereadora.
“Hoje eu sou só dor, hoje eu tô arrasada com o que o ser humano virou. Quem foi o fdp (desculpa) que mandou matar e matou a minha irmã? Mas eu tô me levantando aos poucos. Ah, eu tô! E aos poucos o meu sangue que foi ali derramado, esse, pode ter certeza que será vingado”, escreveu ela.

 

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, confirmou na quinta-feira (1º/11) o pedido feito pela Procuradoria Geral da República (PGR) para investigar denúncias feitas em depoimentos no Rio Grande do Norte que podem ajudar nas investigações dos homicídios da vereadora Marielle Franco (PSol) e de seu motorista Anderson Gomes. Caberá à Polícia Federal a investigação.

Nesta quarta (31/11), a PGR pediu a Jungmann que a PF passasse a investigar novas suspeitas sobre o crime. Além disso, a procuradora-geral, Raquel Dodge, pede que a corporação também dê proteção à família de Marielle.

Jungmann informou que são “gravíssimas” denúncias feitas em dois depoimentos de suspeitos. Segundo o ministro, a PF vai apurar uma organização criminosa que estaria atrapalhando as investigações sobre o caso. “Estamos partindo do princípio de informações como nomes, valores, quantias”, declarou o ministro.

Nesta sexta-feira, o Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Sindipol) e a Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Adepol) divulgaram uma nota conjunta de repúdio em que contestam as declarações do ministro da Segurança Pública . A nota acusa o ministro de ser um político profissional, que atua de forma vaidosa sem ter qualquer qualificação para atuar em um ministério essencialmente técnico.

Jungmann rebateu as críticas. Em nota divulgada no início da noite, o ministro afirmou que “em nenhum momento identificou os agentes públicos que poderiam estar envolvidos com uma possível rede de proteção a criminosos”.

O ministro disse ter informado os termos da determinação da Procuradoria-Geral da República para que a Polícia Federal investigasse essa possibilidade, “a partir de denúncias graves obtidas pelo Ministério Público Federal”.

 

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