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Irmã de Adriano da Nóbrega diz que ex-capitão da PM morto era bicheiro

Em conversa interceptada com autorização da Justiça, Tatiana disse também que miliciano confessou a ela que não se entregaria

atualizado

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Adriano Magalhães da Nóbrega
1 de 1 Adriano Magalhães da Nóbrega - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) indicam que atuação do ex-capitão da Polícia Militar Adriano da Nóbrega não se limitava a assassinatos, agiotagem e negócios juntos à milícia do Rio das Pedras e da Muzema, ambas comunidades na zona oeste do Rio.

Segundo o G1, Adriano era o dono de pontos de máquinas caça-níquel pela cidade e o dinheiro obtido com a exploração criminosa dos equipamentos era revertido para investimentos em terras, gado e cavalos.

Adriano morreu em um confronto com a polícia baiana em 9 de fevereiro do ano passado. No dia seguinte, uma das irmãs, Tatiana Magalhães da Nóbrega, viajou até a cidade de Lagoinhas, na Bahia, para reconhecer o corpo do ex-policial, que estava no Instituto Medico Legal (IML).

No dia 11, dois dias depois que o miliciano foi morto, Tatiana e a outra irmã de Adriano, Daniela, conversaram sobre o irmão. O bate-papo foi interceptado com autorização da Justiça. Tatiana disse que Adriano confessou a ela que não iria se entregar.

Ainda na conversa, Tatiana falou para Daniela sobre a atividade do irmão junto à contravenção, mas reforçou: “Não era miliciano, mas sim bicheiro”.

Em ligações, Tatiana também afirmou que “o jogo do bicho pagou a absolvição dele”. Ela não especifica em qual das duas absolvições esse suposto pagamento aconteceu, mas diz que “o tribunal pediu dinheiro a Adriano”.

Ainda segundo o G1, as investigações do Ministério Público estadual começaram quando o então policial virou chefe de segurança de José Luiz de Barros Lopes, o Zé Personal, morto em setembro de 2011, e da mulher dele, Shanna Garcia, filha de Waldomiro Paes Garcia, o Maninho.

De acordo com as investigações, quando Zé Personal foi morto, Adriano já administrava máquinas de caça-níquel pela cidade. Em depoimento à polícia, na ocasião, Shanna Garcia contou que Adriano auxiliava Zé Personal na gestão dos pontos.

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