Iphan declara forró como patrimônio cultural imaterial brasileiro
A decisão foi unânime, durante reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan
atualizado
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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou, durante reunião extraordinária nesta quinta-feira (9/12), as matrizes tradicionais do forró como patrimônio cultural imaterial do Brasil. A decisão do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan foi unânime.
O conselho também considerou o forró um supergênero musical, uma vez que reúne ritmos como xote, xaxado, baião, miudinho, quadrilha, chamego e arrasta-pé.
A relatora da proposta, conselheira Maria Cecília Londres, leu o parecer sobre o forró, falando sobre as origens do ritmo e da palavra que deu nome para o gênero musical. Ela ainda destacou a importância das organizações de forrozeiros e a relevância do englobamento de atividades dentro do forró, como artesanato e escolas de dança.
Ao declarar seu voto, a conselheira afirmou que é “plenamente favorável ao registro pelo Iphan das matrizes tradicionais do forró, munidas das formas de expressão com abrangência nacional”.
A presidente do Iphan, Larissa Peixoto, relembrou a responsabilidade do órgão em manter o ritmo protegido e conhecido, “não só no Brasil, mas no mundo”. Peixoto ainda afirmou que é “uma alegria muito grande participar deste momento” e elogiou o trabalho dos conselheiros.
O pedido de registro foi feito em 2011 pela Associação Cultural Balaio do Nordeste, na Paraíba. Foi realizada a descrição das matrizes tradicionais do forró durante os últimos 10 anos, com registro documental e audiovisual.