Investigados, coachs de pegação bloqueiam perfis e apagam conteúdo
Norte-americanos que usaram mulheres brasileiras como cobaias em curso de conquista são investigados pela polícia
atualizado
Compartilhar notícia
Investigados pela Polícia Civil de São Paulo e denunciados pela Embratur para a Polícia Federal, dois coachs norte-americanos que promoveram no Brasil um curso sobre conquistar mulheres e levá-las para a cama bloquearam seus perfis nas redes sociais. As contas e o site oficial do curso, chamado “Millionaire Social Circle (MSC)”, também foram foram desativados ou estão com o acesso restrito.
Os estrangeiros David Bond e Mike Pickupalpha se vendem na internet como especialistas em técnicas de conquista e ostentavam milhares de seguidores e milhões de visualizações em canais no YouTube, mas a péssima repercussão do evento ocorrido em fevereiro em São Paulo os levou ao recolhimento da vida virtual.
O curso, do qual participaram principalmente outros estrangeiros que pagaram de U$ 12 mil a U$ 50 mil pelo pacote completo, incluia uma espécie de aula prática numa festa oferecida pelos organizadores. As mulheres convidadas para o evento via redes sociais e aplicativos de troca de mensagens, porém, não sabiam que estavam sendo cobaias.
Uma brasileira de 27 anos que esteve no evento, ocorrido no dia 26 de fevereiro, registrou um boletim de ocorrência numa delegacia paulistana, dando início às investigações que agora constrangem os coachs.
David Bond e Mike Pickupalpha colocaram cadeado em suas as contas em redes sociais e os canais do Millionaire Social Circle em redes como TikTok e YouTube tiveram o conteúdo apagado. Só sobrou online e aberto o canal que Bond mantém no YouTube, com pouco mais de 500 mil inscritos.
Veja:
Outro lado
Na última semana, os organizadores do curso alegaram que as pessoas que estavam no evento no Morumbi eram adultas “que escolheram estar lá por livre e espontânea vontade”.
David Bond e Mike Pickupalpha também gravaram uma live pelo Instagram na qual dizem que sofreram cancelamento no Brasil e que estão sendo acusados falsamente de turismo sexual. Ele ainda chamou as mulheres que denunciaram o caso de “feministas” e “estúpidas”.
Procurado pelo Metrópoles pelas redes sociais, o MSC enviou uma mensagem dizendo que o “programa” envolve “palestras”, “sessões de fotos” e “eventos sociais” e que “tudo foi 100% consensual”.