Investigada por atos golpistas do 8 de Janeiro assume vaga no Senado
Rosana Martinelli (PL-MT) é suplente de Wellington Fagundes (PL-MT), que se ausentou por motivos de saúde. Ela ficará no cargo por 120 dias
atualizado
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A mais recém empossada senadora, Rosana Martinelli (PL-MT), é uma das investigadas por participação nos atos golpistas do 8 de Janeiro. Martinelli assumiu nesta semana a vaga do senador Wellington Fagundes (PL-MT), que se ausentou do cargo por motivos de saúde. Ela, que é suplente de Fagundes, ficará no cargo por 120 dias.
A posse no plenário do Senado contou com a presença do presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto, e elogios de colegas da direita, especialmente os mais alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No discurso, a agora senadora e ex-prefeita de Sinop (MT) afirmou que até agora segue com o passaporte retido pela Polícia Federal (PF). Ela também confirmou que ficou por meses sem acesso às contas bancárias.
“Tive minhas contas bloqueadas e ainda continuo com meu passaporte retido; por isso e porque defendi e continuo defendendo a minha liberdade de expressão. Eu me solidarizo com todos aqueles que tiveram seus direitos violados, e espero que esta Casa possa ajudar todos os patriotas que querem, que lutaram pela liberdade, e muitos ainda estão impossibilitados de ter essa liberdade”, alegou a parlamentar.
A senadora se refere a “patriotas” aqueles que vandalizaram o próprio plenário do Senado em que ela discursou no dia histórico de 8 de janeiro de 2023, quando os Três Poderes da República foram invadidos e vandalizados.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) endossou a fala de Martinelli, e declarou que a congressista “representa os patriotas injustiçados que foram condenados a 17 anos de prisão”.