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Investigações por nazismo no país crescem 311% entre 2022 e 2023

Número de inquéritos abertos pela Polícia Federal para investigar apologia ao nazismo no Brasil subiu 311% entre 2022 e 2023

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1 de 1 Imagem colorida mostra a palavra "nazismo" sendo queimada em um papel branco - Metrópoles - Foto: rbkomar/Getty Images

O número de inquéritos abertos pela Polícia Federal (PF) para investigar crimes de apologia ao nazismo em 2023 subiu 311% em comparação a 2022. Os dados foram fornecidos pela PF por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), e divulgados pela agência Fiquem Sabendo (FS).

Ao todo, a PF abriu 37 investigações no último ano, mais de quatro vezes o número registrado em 2022, que contou com 9 inquéritos envolvendo casos ligados ao nazismo.

A instituição realizou 67 investigações sobre apologia ao nazismo entre janeiro de 2020 e março de 2024. Somente nos primeiros cinco meses deste ano, 6 inquéritos foram instaurados.

Do número total nos últimos quatro anos, 47 casos já foram encerrados, enquanto outros 20 ainda seguem sendo investigados. Somente nos primeiros cinco meses deste ano, 6 inquéritos foram instaurados pela PF.

Segundo os dados fornecidos pela PF, São Paulo é o estado recordista em inquéritos abertos, com 21. Rio Grande do Sul e Paraná completam o ranking de regiões com maior incidência investigações sobre nazismo, com 8 e 7 investigações respectivamente.

Número pode ser maior

Apesar de São Paulo liderar o número de inquéritos abertos entre 2020 e 2024 pela PF, a lista de estados com maior incidência de investigações sobre nazismo pode mudar considerando dados de investigações no âmbito estadual.

Em Santa Catarina, estado que registrou um aumento de células nazistas nos últimos anos, a Polícia Civil do estado catarinense indica que 21 pessoas foram investigadas nos últimos dois anos por neonazismo pela Delegacia de Repressão ao Racismo e aos Delitos de Intolerância (DRRDI).

A pasta, criada em 2021, participou de outras 33 investigações sobre crimes relacionados ao nazismo no Brasil em parceria com outras instituições policiais do país.

Ao Metrópoles, a PCSC esclarece que crimes do tipo costumam envolver grupos que atuam em rede, obrigando uma atuação interligada com outras forças policiais.

“Muitas vezes, a investigação é realizada em Santa Catarina, mas o grupo/pessoa mora em outro estado”, diz a assessoria da polícia catarinense.

“Em razão das associações criminosas investigadas, mais da metade dos mandatos de busca e apreensão foram cumpridos em outros estados da federação. Dessa forma, destaca-se que o racismo e os delitos de intolerância consistem em um problema de todo país”, afirma da PCSC em nota.

Homem preso com objetos nazistas em Minas Gerais

Na última quarta-feira (15/5), um homem foi preso em flagrante por portar objetos nazistas em Belo Horizonte (MG). A ação foi deflagrada pela Polícia Civil de Santa Catarina e contou com o apoio da Patrulha Unificada Metropolitana de Apoio de Minas Gerais.

Durante a ação, a polícia atuou contra o comércio dos itens além de de apurar crimes de apologia ao nazismo e racismo. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na cidade de Navegantes, no litoral norte de Santa Catarina.

 

 

 

 

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