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Investigação sobre João de Deus se concentra em 15 casos, diz delegado

O líder espiritual teve o mandado de prisão decretado na sexta-feira (14/12), mas se entregou às autoridades somente no domingo (16)

atualizado

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Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
Joao de Deus em Abadiania1
1 de 1 Joao de Deus em Abadiania1 - Foto: Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles

O delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes, disse no domingo (16/12) que a diligência voltada para apurar as denúncias de abuso sexual contra o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, vai se concentrar em 15 casos. De acordo com o investigador, a polícia irá focar, a partir de agora, na “formação da prova”.

“A Polícia Civil está analisando caso a caso e se concentrando na questão dos abusos sexuais. O grande desafio é provar essa situação. A Polícia Civil persiste focada na formação da prova. Tem muitos crimes que estão prescritos, mas vítimas comparecem e atuarão como testemunha”, destacou.

João de Deus está, neste momento, na Delegacia Estadual de Investigação Criminal (DEIC) em Goiânia (GO), onde prestará depoimento sobre as denúncias de abuso sexual. Após ser interrogado, o médium será levado ao Instituto Médico Legal para exame de corpo delito. Logo após, o líder religioso seguirá para o Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia para cumprir prisão preventiva.

O líder espiritual teve o mandado de prisão decretado no fim da manhã de sexta-feira (14), mas se entregou às autoridades somente na tarde de domingo. O delegado-geral negou que a Polícia Civil estivesse preocupada com uma possível fuga do acusado. “Tínhamos a situação controlada. A apresentação espontânea só se deu após várias técnicas utilizadas, aprendidas por grandes delegados. Agora é o momento de a Polícia Civil confeccionar suas provas”, destacou.

André Fernandes salientou também que, caso a investigação aponte para a participação de funcionários da Casa Dom Inácio de Loyola nos supostos crimes cometidos, essas pessoas também serão alvo do inquérito policial. “Se as investigações provarem isso, que houve qualquer tipo de conivência, essa pessoa será trazida para dentro da investigação. Com certeza, cúmplices podem ser punidos”.

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