Investigação contra Luciano Hang é prorrogada por 60 dias
Hang é investigado por participar de grupo de WhatsApp com suposto teor antidemocrático. Meyer Nigri também teve inquérito prorrogado
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes prorrogou um inquérito aberto contra Luciano Hang, dono das lojas Havan, após a Polícia Federal (PF) afirmar não conseguir acessar as senhas do celular do empresário. O inquérito foi estendido por 60 dias, e também inclui o empresário Meyer Nigri, dono da marca Tecnisa.
Eles são investigados por participação no grupo de WhatsApp “Empresários & Política”, no qual se veiculava mensagens de teor antidemocrático. Os dados bancários de Luciano Hang ainda são analisados.
Nesse grupo, os empresários falavam em golpe de Estado. A PF também avaliou que Nigri recebia mensagens que pregavam contra as urnas eletrônicas, e que estavam associadas a um número que seria do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).
Veja quais são os outros empresários que foram investigados, cujos inquéritos foram arquivados:
- Afrânio Barreira Filho, dono do Coco Bambu;
- José Isaac Peres, CEO da Multiplan;
- José Khoury Junior, dono do Barra World Shopping, na Zona Oeste do Rio;
- Ivan Wrobel, da W3Engenharia;
- Marco Aurélio Raymundo, dono da Mormaii; e
- Luiz André Tissot, do Grupo Sierra.
A PF avaliou que os demais empresários investigados não tiveram nenhuma atitude de teor golpista, além de estarem no grupo de WhatsApp, e, por isso, os inquéritos deles foram arquivados.
Hang diz não ter defendido golpe
O empresário Luciano Hang foi um dos ícones associados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), tendo anunciado o apoio a Bolsonaro durante as eleições de 2018 através de um método de propaganda irregular, pelo qual foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Conhecido como “Velho da Havan”, Hang também foi alvo de uma operação de busca e apreensão da PF em agosto do ano passado, onde ele afirmou ter sido “tratado como um bandido”. Ele afirmou que não defendeu um golpe de Estado em caso de vitória do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) nas eleições de outubro.